Naquele final de ano de 1993, o Vitória, comandado por Bernardino Pedroto, sonhava com o regresso às competições europeias, contando para isso com um "meio campo de sonho" constituído por nomes como Paulo Bento, Pedro Barbosa, Zahovic ou N'Dinga.
Porém, naquele fim de tarde, a meio da semana, no penúltimo dia do ano, no desafio frente ao Estoril, quem haveria de iluminar a esperança de uma campanha pautada pelo êxito, seria um menino que a todos deixou boquiabertos.
Natural de Paços de Ferreira, chegou ao Vitória nos juvenis para se tornar numa das maiores atracções das camadas jovens, chegando a vir da sua terra natal de motorizada para os treinos.
Até que, naquele dia, frente aos homens da Amoreira deu-se a conhecer ao mundo. Com o Vitória a vencer por uma bola a zero, graças a um de Pedro Barbosa, aos 74 minutos, Pedroto resolveu dar-lhe a desejada oportunidade, depois de o ter chamado para o banco de suplentes pela primeira vez.
Esses 16 minutos de estreia seriam inesquecíveis. Agostinho pintou a manta! A sua entrada foi tão marcante que, após brilhante jogada pela extrema esquerda, serviu a preceito Ziad para o tunisino retirar quaisquer dúvidas sobre o vencedor do jogo.
Vinte anos depois de Abreu, o Vitória voltava a lançar um atleta, ainda, júnior na equipa principal e com igual sucesso!
Porém, ao invés do seu antecessor, que apesar de ter saído de modo polémico do clube, cumpriu uma longa carreira de Rei ao Peito, Agostinho ficar-se-ia, apenas, pela polémica de uma renovação que o seu empresário Manuel Barbosa tentou regatear com Pimenta Machado. Por isso, haveria de abandonar o Vitória no final da época seguinte, com, apenas, 28 desafios disputados na equipa principal do Rei...
Mas, aquela estreia frente ao adversário do próximo Domingo, tornou-se inesquecível para quem viu...ao ponto de ser comparado com um "tal" de Paulo Futre!