Terá sido dos momentos mais icónicos de um jogador que dificilmente deixará de ser recordado por quem o viu jogar… pelo seu talento, pela sua magia, imprevisibilidade e por um certo alheamento do jogo que é próprio dos predestinados… sempre foi!
Estávamos no final de 1993, a meio dessa temporada de 1993/94 e o Vitória recebia o arqui-rival Boavista, num duelo que se antevia determinante para um futuro lugar europeu.
Orientados por Bernardino Pedroto, os Conquistadores entraram em campo com Brassard; Basílio, Matias, Tanta, Dimas; Paulo Bento, N’Dinga, Zahovic, Pedro; Dane e Ziad, para, desde o primeiro minuto, procurarem assumir as despesas do jogo.
Porém, estas partidas são e serão sempre decididas no pormenor… ou num intenso momento de genialidade que a todos deixará boquiabertos.
Estávamos no minuto 75… e o adversário parecia conseguir levar a água ao seu moinho. Nesse momento, Pedro recebeu a bola a trinta metros da baliza! Não terá sequer pensado muito no que haveria de fazer! Enquadrou a mira e aqui vão disto… um míssil potente e teleguiado que Alfredo, o guarda-redes axadrezado, nem que tivesse dotes miraculosos seria capaz de suster!
Um momento único, inimitável e que jamais saiu da memória a quem ele assistiu! Pedro era assim… num momento de absoluta perfeição conseguia fazer-se permanecer nas nossas memórias para sempre… e já vai há quase 30 anos.