Estávamos na temporada de 2000/01.
O voleibol nem sequer tinha atingido o patamar máximo da modalidade em Portugal, encontrando-se a competir na divisão A2, antecâmara do escalão principal.
Porém, dava já cartas...e olhava de frente para qualquer adversário. Por isso, quando nos quartos de final calhou em sorte o Benfica, uma das mais fortes equipas nacionais, sentiu-se que algo de muito especial poderia acontecer... que era possível deixar a primeira grande marca da história do clube, no género feminino, na modalidade.
Assim, naquele dia perante 1500 pessoas que quase lotaram o pavilhão do Vitória, o conjunto orientado por Rogério de Paula, e com nomes como os irmãos Paço, Norival Bruno, Carlos Natário, Eurico Peixoto, entre outros, deu uma prova das suas capacidades... de alto nível e ao nível dos melhores do país.
Assim, numa exibição plena de raça e de qualidade, entraria em grande, surpreendendo os lisboetas, e vencendo o primeiro set por um parcial de 25-22. Porém, o Benfica, acordando para a realidade, puxou dos galões e venceu os dois parciais seguintes por 25-25 e 20-25. Pensava-se que a ordem normal do teoricamente mais forte iria prevalecer.
Puro engano, já que as forças medem-se em campo! Um quarto parcial arrasador haveria de empatar a contenda, graças a um esclarecedor 25-17. O Vitória levava o jogo para o parcial decisivo em que "o magnífico apoio dos adeptos vitorianos e vimaranenses em geral, superiormente liderados pela claque Insane Guys" ditou leis. Como relata o jornal do clube de 20 de Março de 2001, este momento do jogo foi disputado "ponto a ponto com muita emoção, envolvido num ambiente fantástico e entusiástico, onde os atletas vitorianos corresponderam eficazmente ao apoio do público, vencendo por 15-13 os inconformados benfiquistas que se deslocaram a Guimarães, certos de que venceriam facilmente o encontro."
O Vitória fazia história e dava um importante passo na sua afirmação no panorama nacional da modalidade...
