RECONDUÇÃO DE MESQUITA E UMA MAQUETE QUE PIMENTA MANDOU PARA O LIXO...

Gil Mesquita foi eleito presidente do Vitória em 1976 para um mandato de dois anos, atento o que os estatutos, naquela altura previam.

Quanto ao então presidente, seria reconduzido em 1978 para um novo mandato, fruto de uma construção do Abril democrático: a assembleia-delegada, que tinha a função de eleger a direcção Vitória. Composta por 100 elementos, escolhidos em assembleia-geral, a estes acresciam 24 que, por força dos estatutos, faziam, permanentemente, parte efectiva deste órgão.

Porém, atento as dificuldades em eleger Mesquita, pela primeira vez na história vitoriana, ter-se-ia de recorrer ao voto secreto para escolher os homens que iam comandar os destinos do clube.

Gil Mesquita haveria de ser eleito com 47 votos favoráveis e 5 contra para mais um mandato, sendo coadjuvado por Fernando Roriz, antigo presidente e seu sócio.

Imediatamente, avançou a ideia da construção de um novo estádio, nos terrenos onde hoje se situa a Academia do Vitória. José da Silva, director das instalações, chegou mesmo a apresentar uma maquete daquele que viria a ser o novo " Castelo do Rei". Porém, em tempo de "vacas magras", com a Comissão de Fundos para um Vitória Maior, em que se destacava Custódio Garcia, a "fazer das tripas coração" para arranjar receitas, o projecto nunca iria em frente.

O projecto seria anulado já com Pimenta Machado presidente, que viperino, quando recebeu a factura para o pagamento do projecto exclamou: "Queriam construir um estádio, mas não pagaram a maquete."

Era um dos seus primeiros episódios de desentendimento com Gil Mesquita, que iria ter o seu apogeu quando no início da década de 90, o antigo presidente vitoriano não contou com o apoio do, então, líder máximo vitoriano para a recondução na liderança da AF Braga... mas isso, será matéria para outra história!

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