Era o sonho do presidente Gil Mesquita, reconduzido para um segundo mandato à frente dos destinos do clube desde 1976. Passava por dotar o Vitória de um novo estádio, fiel ao seu estatuto de um dos maiores emblemas do país.
Assim, corria o mês de Maio de 1978 e no jornal Povo de Guimarães, fundado há poucos meses, alvitrava-se que, junto às Piscinas que existiam perto de onde hoje se ergue o Parque da Cidade, poderia surgir o novo Estádio do Vitória.
Tal objectivo começou a ser delineado numa assembleia-geral a 28 de Abril, em que no seguimento da apresentação do Plano de Actividades da Direcção "que pretende concretizar um salto em frente para um Vitória Maior", como escreveu a publicação consultada e datada de 4 de Maio. Seria Fernando Roriz a lançar a ideia numa intervenção relativa ao recinto vitoriano em que considerou "a sua incapacidade futura, quer devido à sua localização, quer devido à sua construção arquitectónica, informando estar nas nas intenções da actual Direcção, levar a efeito um debate público sobre a construção de um novo."
Novo esse que deveria ser construído no local que já mencionemos, ainda que dependesse da empresa de urbanismo MACROPLAN, contratada pela autarquia para realizar o Plano Director Municipal e da aquiescência da Unidade Vimaranense que era a proprietária dos terrenos onde deveria surgir a nova casa do clube.
Assim, de imediato realizou-se uma reunião com as forças vivas da cidade, em que "em boa hora (...) ficou a saber-se que Guimarães através de quem a representa está unanimemente com o Vitória , no reconhecimento da necessidade de um novo Estádio, como afirmou já a finalizar o debate, Fernando Roriz, Presidente-Adjunto da Direcção do Vitória."
O projecto haveria de chegar à fase da maquete, exposta para todos os vitorianos apreciarem, mas daí não passaria. Gil Mesquista haveria de assinar com a Unidade Vimaranense o contrato de aquisição dos terrenos em representação da Comissão de Fundos Para Um Vitória Maior dando arranque ao Complexo Desportivo e Pimenta Machado haveria de mandar a maquete para o lixo... mas isso será outra história!