Jesus é um dos maiores símbolos do Vitória.
Guarda-redes em anos inesquecíveis dos Conquistadores, entrou no imaginário de todos os vitorianos pelas suas defesas impossíveis, os seus reflexos felinos...e por fazer milagres na baliza!
Mas, o pequeno grande guarda-redes era humano e falível... ainda que menos que a maioria!
Assim, foi numa tarde infeliz dele que o austríaco Hermann Stessl sofreu uma das primeiras desilusões enquanto treinador dos Conquistadores, numa tarde diluviana perante o homónimo sadino.
Assim, a alinhar com Jesus; Gregório Freixo, Amândio, Alfredo Murça, Laureta; Paquito, Nivaldo, Dimas, Joaquim Murça; Fonseca e Eldon, o grande guardião seria o único jogador a merecer nota 0 no jornal A Bola, na crónica elaborada por Vítor Serpa.
Na verdade, o Vitória perderia por quatro bolas a três, numa tarde em que Stessl considerou que deveria ter levado "o árbitro a interromper o jogo. Eu nunca assistira a uma partida de futebol disputada nestas condições, que tivesse chegado ao fim."
A verdade é que esta chegou e, segundo o jornal, "a equipa pode, realmente, queixar-se de ter sido atraiçoada pela sua defesa e, sobretudo, pelo seu guarda-redes. Jesus teve, de facto, uma tarde bastante infeliz, mas é preciso dizer que tal facto não pode servir para ser apontado a dedo como réu. Ele não foi o único culpado."
Era a primeira grande desilusão numa temporada em que se esperava mais...e a comprovação de que, mesmo, os melhores têm dias não... terá sido um dos poucos de um homem lendário de Rei ao peito!