COMO NA ESTREIA DE PEDROTO, OS CONQUISTADORES NÃO FORAM CAPAZES DE DAR UM SAFANÃO NA CRISE...

Aquela temporada de 1992/93 estava a ser uma desilusão...

Com efeito, o ano em que se acreditava que o regresso de Marinho Peres trouxesse consigo a reedição das epopeias de 1992/93 fora um fracasso. "Seu Marinho", por isso, abandonaria o comando técnico do Vitória no virar da primeira volta com o pecúlio de seis triunfos, dois empates e nove derrotas no campeonato. A título comparativo bastará dizer que na sua primeira passagem por Guimarães, em 30 partidas para o campeonato nacional, o técnico brasileiro só houvera sido derrotado por três vezes.

Com efeito, como já aqui se escreveu a derrota frente ao Gil Vicente ditaria o seu adeus.

Para o seu lugar, a aposta haveria de recair em Bernardino Pedroto, já integrado na estrutura vitoriana e que já tinha dado provas de competência no trabalho que realizara na equipa satélite vitoriana, o Benfica de Castelo Branco.

Assim, a 10 de Janeiro de 1993, com a intenção de tirar o Vitória do buraco em que cair, estreou-se o novo técnico em Aveiro, frente ao Beira Mar. Escolheria o seguinte onze: Madureira; Quim Machado, Paulo Pereira, Matias, Tanta, Basílio; Paulo Bento, N'Dinga, Dimas; Alexandro e Ziad. Uma equipa eminentemente defensiva, sem a estrela da companhia, Pedro Barbosa, mas que haveria de controlar o jogo e poder vencê-lo.

Não o conseguiria, contudo, com muita infelicidade. Bastará atentar no jornal Notícias de Guimarães de 15 de Janeiro do referido ano que escreveu que "Como em tudo na vida, a sorte e o azar fazem parte de todos os jogos. Não queríamos apresentar este facto como desculpa para a derrota dos vitorianos em Aveiro, mas o azar esteve mesmo com o Vitória ao minuto oitenta (...) quando o centrocampista Paulo Bento falhou um penálti...." Nesta altura, já o Vitória perdia por uma bola a zero e, talvez por isso, "ficamos com a impressão de que Paulo Bento não cobrou o castigo máximo com grande convicção."

Esse seria o resultado final, que fazia o Vitória cair nos lugares de descida e ter a certeza que era necessário começar a somar pontos. Porém, o presidente Pimenta Machado mostrava-se confiante no futuro ao referir que "O Vitória não foi feliz neste jogo(...) Já estive no balneário a dar apoio aos jogadores. O Vitória teve no terreno outra postura, mais querer, mais ambição que nos traz esperanças para a necessária reviravolta." Ela haveria de surgir, mas iria ser necessário muito sacrifício...

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