O PODER SEMPRE CONTRA O VITÓRIA

A ideia dos poderes do futebol interpretarem o Vitória como um alvo a abater não vem de agora.

Já aqui relatamos que, desde a conquista do primeiro campeonato distrital, os Conquistadores tiveram sempre de bater com as forças que regulavam o futebol distrital, a AF Braga, sendo que no ano de 1938/39, ainda pior seria...com a Federação Portuguesa de Futebol a lesar os interesses do clube.

Na verdade, depois de ter conquistado o ceptro do distrital da temporada antecedente, a de 38/39 parecia revestir-se de um rotundo êxito. Assim, os resultados de seis a zero aplicado ao Famalicão, duas vitórias sobre o eterno rival (cinco a dois em Guimarães, três a um em Braga) lançavam de modo claro, os comandados de Alberto Augusto para o título.

Deste modo, seria... dentro das quatro linhas, ainda que a derrota por duas bolas a zero frente ao Sporting de Fafe tivesse lançado alguma estupefacção. Porém, o título estava conquistado e, de enfiada, o de todo o Minho, com realce para um resultado que entrou para a história: nove bolas a duas frente ao arsenal bracarense.

Porém, quando a cidade estava em festa, a bomba estourou. O Sporting fafense apresentou um protesto baseado em "erros de técnica", obrigando a que a AF Braga mandasse repetir o jogo. Seria novamente vencido pela valorosa equipa vitoriana por dois tentos a zero, que nem assim saciou os ânimos adversários.

Com tamanha polémica, teve a Federação Portuguesa de Futebol de intervir... para prejudicar os pretensões vitorianas! Apesar do Vitória ter sido superior ao Fafe dentro de campo, de o ter batido de modo inapelável, o inesperado sucedeu. Assim, o derradeiro desafio (aquele que, supostamente, fora de repetição) foi anulado e o título atribuído ao Sporting de Fafe por, no confronto directo, ter marcado mais golos!

As instâncias judiciais desportivas sempre foram de fértil imaginação quando toca a prejudicar o Vitória...

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