A PRIMEIRA PARTICIPAÇÃO NA TAÇA DE PORTUGAL

Corria a temporada de 1938/39. Depois dos campeonatos passarem a ser disputados por pontos, resolveu-se criar a Taça de Portugal, na esteira dos principais campeonatos europeus, em especial a Inglaterra.... e para não se perder a emoção da existência de uma prova a eliminar.

O Vitória, campeão distrital em exercício, entrou na prova a actuar em Viana do Castelo, no campo de Monserrate. Pela frente estava a Ovarense, campeã da Beira Litoral, que seria despachada com cinco golos sem resposta.

Seguia-se na segunda eliminatória o, então, campeão nacional, FC Porto, numa daquelas que haveria de ser uma das mais belas páginas da pré-história do futebol vitoriano. Assim, a alinhar com Ricoca; João, Lino; Zeferino, Moreira, Virgílio; Pantaleão, Clemente, José Maria, Laureta e Bravo, a equipa vitoriana viveu tarde de excepção. Assim, os golos de Virgílio, Laureta e de Pantaleão, no último minuto, garantiram um feito que nesse ano, poucas equipas do topo nacional conseguiram: bater o FC Porto por três bolas a duas, viajando para a segunda mão em vantagem.

Porém, no Campo da Constituição, todos as pretensões ruíram demasiado rápido, já que Pinga aos 15 minutos abriu o activo para a equipa da casa. Seria o início de uma derrocada que ao intervalo já ia em quatro bolas sem resposta, para no segundo parte avolumar-se até aos onze tentos, de pouco valendo o golo de honra de Laureta.

Apesar das diferenças entre ambas as equipas, o Comércio de Guimarães era peremptório em afirmar que o Vitória tinha perdido pelos seus jogadores "terem sido um grupo de anjinhos."

E, assim, acabava a primeira experiência vitoriana na Taça de Portugal!

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