Antero Henriques da Silva, desde que chegou a Guimarães, apaixonou-se pelo Vitória.
Abraçou a causa vitoriana, tornando-se numa figura de referência do clube até à data da sua morte. Uma figura respeitada, a ponto de, mesmo não estando nas direcções, ser auscultado por quem lá estava, quem sentiam que "tinham de falar com o Sr. Antero", para tomar as melhores decisões.
Mais do que isso, foi do seu labor que, o Vitória impossibilitado de usar o Benlhevai por questões regulamentares, fruto das suas reduzidas dimensões, rumou à Amorosa.
Por isso, tal levou a que fosse homenageado, no Hotel do Toural, em Janeiro de 1946, merecendo tal evento, menção no Notícias de Guimarães do dia 27 desse mês e ano. "A homenagem ao Sr. Antero H. da Silva, incansável impulsionador do Campo de Jogos da Amorosa constituiu uma eloquente afirmação de amor à terra. Os vimaranenses, na mais perfeita comunhão de sentimentos, demonstraram a sua sincera admiração pelo homenageado."
A confirmar essa realidade, o facto de terem comparecido mais de duzentos vitorianos e a noite ter sido preenchida com diversas intervenções de homens como José Pinto Rodrigues e António Faria Martins. "Em nome dos jogadores do Vitória brindou a seguir o capitão de equipa, Curado." Todos esses momentos acompanhados pelo som da Orquestra Vimaranense. Um momento marcante para agradecer a um homem que "fez acontecer" a Amorosa...