Estávamos em finais de 1985...
Com o Vitória na crista da onda graças aos golos que Paulinho Cascavel apontava em barda para alegria dos vitorianos, Pimenta Machado percebeu que para projectar o clube precisava de ter as pessoas certas no sítio certo.
Para isso, reputava de importante colocar pessoas da sua confiança nos cargos mais relevantes, como os da Associação de Futebol de Braga.
Assim, aquele Dezembro de 1985 trouxe-lhe profunda supreresa com a escolha de certos elementos para a AF Braga. Com efeito, não gostara que os associados vitorianos Gil Mesquita, Adriano Costeira, Pinho Miranda, Pina Barreira e João Barreira fossem empossados, respectivamente, como Presidentes da Direcção, do Conselho Técnico, do Conselho de Disciplina, do Conselho de Contas e membro do Conselho Jurisdicional, sem que ao Vitória tivesse chegado qualquer comunicação.
Por isso, prometia que o clube "iria reagir fortemente contra as pessoas que integram os órgãos da Associação de Futebol de Braga, em virtude de aceitarem os respectivos cargos à revelia do Vitória. É lamentável que tenhamos de tomar esta decisão de segredo, mas a razão que nos assiste não nos fará calar."
Era o primeiro episódio de uma guerra que haveria de ter o seu apogeu no início da década de 90 e que levaria Pimenta a bater o pé ao seu antecessor como presidente dos Conquistadores mas, na altura, na líderança do futebol distrital.