Foi a 13 de Dezembro de 2001.
Nesse dia, o Comité do Património Mundial inscreveu o Centro Histórico de Guimarães na lista de bens Património Mundial.
Porém, esse momento, foi o corolário de um trabalho de recuperação das velhas ruas vimaranenses e que foi encetado em 1985 e se quisermos recuar, ainda, mais no tempo, foi uma preocupação antiga. Tal deveu-se a homens como Mariano Felgueiras, Martins Sarmento, Alfredo Guimarães, Alberto Sampaio, Alfredo Pimenta, entre outros, percursores de uma nova mentalidade, que pretenderam dar ao património vimaranense o estatuto de “Valor Cultural”.
Pelo caminho, o trabalho efectuado mereceu vários prémios: menção do Prémio Europa Nostra, 1985—Intervenção na Casa da Rua Nova, 115 (edifício municipal), dirigida pelo Arq. Fernando Távora; o Prémio Nacional de Arquitetura (Associação dos Arquitectos Portugueses), 1993—Centro Histórico de Guimarães, Melhor Obra de Conservação (equipa do GTL de Guimarães); o Prémio Real Fundação Toledo, 1996—Centro Histórico de Guimarães, Melhor Obra de Conservação (equipa do GTL de Guimarães); ou a menção Honrosa do Prémio Nacional Alexandre Herculano, 2008—Centro de Acolhimento Temporário da Associação de Apoio à Criança.
A 19 de Setembro de 2023, a área considerada como Património Mundial foi alargada, abrangendo, também, a zona dos Couros.
Como refere a Comissão Nacional da UNESCO, "essa atmosfera é marcada por monumentos emblemáticos para a história de Portugal – ao ponto de Guimarães se ter tornado num dos maiores "lugares de memória" nacionais – como sejam o Castelo (século XII-XIII) e o Paço dos Duques de Bragança (século XV).
No século XXI, Guimarães ganhou dimensão e acrescentou novos espaços e equipamentos culturais, apresenta uma agenda cultural forte e contemporânea e propõe aos habitantes e visitantes experiências únicas e surpreendentes.
Guimarães combina de forma harmoniosa e única a memória e a tradição com a abertura ao outro, o cosmopolitismo e a contemporaneidade."
E enche de orgulho todos aqueles que amam esta cidade!
