Estávamos no início da temporada de 1959/60.
Já com a equipa baseada naquela que seria a do ano seguinte, com o argentino Humberto Buchelli (proveniente do Vitória sadino) a estrear-se ao leme e já com o brasileiro Caiçara integrado na equipa, o Vitória fez-se ao mundo.
Rumou à África, para actuar numa série de jogos, onde conseguiu um feito inalcançável para todos os que o haviam tentado: sair invicto de uma digressão, só empatando um jogo na África do Sul.
Convidada por vimaranenses radicados no continente, mais do que os resultados, tal significou a abertura do clube ao mundo, mais de dez anos antes da primeira experiência europeia. Simbolizou a abertura de umas portas que jamais se quiseram fechar.
A chegada, essa, foi apoteótica. Desde a estação de Lordelo, o comboio que transportava a comitiva foi seguido em cortejo por milhares de vitorianos, que em Guimarães vitoriaram os seus heróis.
Passados uns meses, o treinador, fruto da quebra física provocada pela aventura já era questionado. Ele que, às primeiras críticas, dissera que nem o Real Madrid jogava sempre bem, seria substituído por Artur Quaresma no final da época… mas isso, já merecerá outra análise.