COMO UMA SABOROSA VITÓRIA ACALMOU OS ESPÍRITOS VITORIANOS MAIS INQUIETOS, “FURANDO QUALQUER TOTOBOLA”!

A temporada de 1972/73 começara de modo esfuziante com uma goleada ao Boavista por quatro tentos.

O pior viria depois com a equipa incapaz de somar pontos fora de casa, ainda que fosse atenuando essa debilidade com a percentagem máxima destes em casa. Um curioso caso de certeza que faria qualquer apostador do totobola não ter dúvidas: aquele Vitória, orientado por Mário Wilson, era para vencer em casa e perder longe do Castelo!

Porém, naquele 29 de Outubro de 1972, os prognósticos saíram furados... para felicidade de todos os Conquistadores e, provavelmente, na partida mais difícil que a equipa de Rei ao peito disputara até então.

Com efeito, naquela deslocação às Antas, para enfrentar o FC Porto de Fernando Riera, era expectável que o que sucedera até aí se repetisse. Porém, não terá sido esse o pensamento de José Maria; Costeado, Manuel Pinto, José Carlos, Osvaldinho; Ernesto, Custódio Pinto, Silva; Jorge Gonçalves, Tito e Rodrigo, que, segundo o Notícias de Guimarães, "trocando os olhos ao adversário e embevecendo uma assistência calculada em 50000 pessoas, jornalistas desportivos incluídos, que habituados a tão tristes espectáculos, esgotaram os adjectivos louvaminheiros em favor do Vitória."

E a primeira meia-hora vitoriana seria arrebatadora, deliciosa, imparável, um "jogo de alta categoria, com todos os jogadores a darem o máximo do seu esforço e do seu saber; que, é tão grande senhores, que o resultado poderia ser, sem favor, desnivelado em números, já que em futebol jogado um abismo separou as duas equipas." Marcaria assim dois golos por intermédio de Custódio Pinto e Jorge Gonçalves, levando uma vantagem para o intervalo que lhe dava alguma tranquilidade.

Na segunda metade, nem o golo de Valdemar nos minutos finais ensombraria o primeiro triunfo Conquistador fora de portas nesse ano, ainda que o juiz da partida, Joaquim Campos, tentasse nos últimos minutos empurrar o conjunto vitoriano para o seu último reduto! Não o conseguiria e o Vitória podia sorrir...finalmente, vencia longe do Municipal naquela temporada... só o haveria de fazer por mais duas vezes nesse ano e ainda sofreria uma humilhante derrota no Estádio da Luz, mas isso serão outras histórias.

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