Estávamos no início da década de 80...
O voleibol, na sua vertente feminina, era a modalidade sensação entre os vitorianos. Com efeito, as equipas treinadas pelo professor Luís Lucas a todos apaixonavam, prometiam títulos e faziam com que os vitorianos, muitas vezes, se dividissem no apoio à equipa de futebol e, inclusivamente, a viajarem para apoiarem as Conquistadoras.
Assim, não causou surpresa a rápida evolução da modalidade, que, no último mês do ano de 1983, viveu uma jornada inesquecível: a sua estreia europeia.
Assim, depois de ter calhado em sorte às valorosas atletas vitorianas o Paris Université Club, foi decidido que as duas partidas seriam disputadas no Pavilhão do Inatel, hoje Almor Vaz, em algo que se pensou ser favorável à equipa vitoriana.
Contudo, apesar das bancadas estarem absolutamente repletas de adeptos, a verdade é que, apesar da boa réplica dada no primeiro (13-15) e terceiro (11-15) parciais, a verdade é que as vitorianas seriam derrotadas por três a zero.
A eliminatória estava praticamente decidida, mas, mesmo assim, no dia seguinte, na segunda mão da eliminatória, os ânimos não esmoreceram. Seriam recompensados com o triunfo das atletas de Rei ao peito por 16-14, sendo a esperança ainda incendiada, quando "no segundo set, o conjunto vitoriano tornou a dar conta de si, chegando mesmo aos 11-4. Mas a formação francesa não se deixou impressionar - o que não quer dizer que não tivesse passado um mau bocado - e impôs a sua força. Venceu com dificuldade por 15-13".
Estava selada a eliminatória, ainda que se considerasse que fora "uma experiência capaz de guindar o Vitória para novos feitos a nível nacional". Para a história, ficariam os nomes das valorosas atletas que levaram o nome do clube à mais alta-roda do voleibol europeu: Ivone, Mina, Isabel, Ana Maria, Bego, Lúcia, Laura, Paula, Zé Martins, Fernanda, Rosita e Eduarda. Um momento