COMO UM TAL DE PORFÍRIO FOI AUTOR DE TERRÍVEL CARNIFICINA NAS HOSTES VITORIANAS, ENTRANDO, POR ISSO, NA HISTÓRIA!

Estávamos na temporada de 1976/77...

O conjunto orientado por Fernando Caiado estava aquém do esperado, aquando do início da temporada. Com efeito, depois da extraordinária temporadade 1974/75 em que Garrido "matou o sonho" do regresso europeu e da seguinte em que o mesmo juiz surrupiou a Taça de Portugal ao Vitória, esperava-se bastante mais daquela época. Porém, a mesma jamais arrancou, andando o Vitória na mediana classificativa e exibicional, muito longe, por isso, do desejado e esperado.

Por isso, quando naquela 21ª jornada do campeonato a equipa se deslocou ao Bonfim para enfrentar o homónimo sadino, era imperioso vencer para não deixar fugir os concorrentes directos que se posicionavam nos lugares superores da tabela. Assim, a alinhar com Rodrigues; Alfredo, Ramalho, Celton, Osvaldinho; Ferreira da Costa, Almiro, Pedrinho; Abreu, Mário Ventura e Tito, como escreveu o jornal Notícias de Guimarães de 25 de Março de 1977, " actuou com muita cabecinha, procurando congelar o esférico, com a mira do empate, embora sempre que possível partisse um contra-ataque rápido em busca do golo..."

Seria essa a toada da partida até ao minuto derradeiro da partida, quando o juiz Porfírio Alves, da Associação de Futebol de Lisboa, resolveu decidir o jogo. Assim, "incrivelmente, quando o jogo estava a terminar, ordenou uma grande penalidade que falseou o resultado, dando o triunfo ao conjunto da casa."

Porém, para além dessa decisão inesperada e errada, iria mais longe. Perante a indignação vitoriana, expulsou o capitão Tito, naquele que foi o único cartão vermelho na sua carreira, bem como os seus colegas Pedrinho e Celton. Não contente com a façanha, ainda deu ordem de expulsão ao médico, ao massagista e ao delegado ao jogo do Vitória. Seis expulsões, numa razia que terá entrado para a história!

Por isso, na constância dolorosa de uma derrota que traçara a sentença de que os Conquistadores não acabariam o ano nos lugares cimeiros da tabela, concluía-se que "os árbtiros, principalmente, os do Sul, parecem estar deliberadamente contra a equipa de Guimarães, quando este joga fora de casa, contra equipas da sua região."

No fundo "juízes como este (e como Garrido) que só são bons quando querem, dando-se ao luxo de prejudicarem as equipas que lhe não são simpáticas, amparados por uma impunidade injustificável, devem desaparecer de vez dos campos de futebol." Até hoje, este desejo, provavelmente, não se concretizou!

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