COMO UM DOS GRANDES MENTORES DAS MAIS BELAS EQUIPAS VITORIANAS REJUBILOU COM AQUELE QUARTO LUGAR DE 1964... E DEMONSTROU QUE PODEMOS VIBRAR COM O VITÓRIA EM QUALQUER PARTE DO MUNDO!

Já aqui se falou muitas vezes dele...

António Pimenta Machado, que ficou para a história como o "Pimenta do Brasil, durante mais de uma década foi o principal olheiro do Vitória, além-fronteiras.

Vitoriano dos sete costados, porque mais não deverão existir, dedicou-se, durante a sua estada no Brasil a descobrir talentos atrás de talentos, apresentando uma taxa de êxito que os departamentos de scouting modernos, plenos de cientificidade, não desdenhariam. Bastará lembrar nomes como Ernesto, o primeiro a ser indicado e que, por isso, tornou-se no primeiro atleta canarinho dos Conquistadores, mas também Carlos Alberto, Caiçara, Edmur, Rodrigo, Djalma, José Morais e mais alguns. Seria, por isso, também graças ao seu olho clínico que o Vitória foi capaz de se afirmar nos lugares cimeiros do campeonato, conseguindo três quartos lugares até chegar a sua célebre carta a dizer que já não colaborava com o clube.

Porém, antes disso, outra carta haveria de ficar na história vitoriana. Estávamos no final da época de 1963/64 e o Vitória houvera conseguido, pela segunda vez na sua história, classificar-se na quarta posição. Por isso, aquele vitoriano que, apesar da distância, pensava no clube todos os dias, não perdeu tempo. Escreveu para a sua terra natal a enviar as "minhas efusivas felicitações pelo brilhante comportamento da nossa equipa de futebol..."

Assim, para quem estava tão distante da Amorosa, merecia também destaque júbilo o facto de "durante semanas, meses, jornada após jornada, o público vimaranense tão bairrista e arreigado às coisas do seu VITÓRIA , acompanhou emocionado o desenrolar desta campanha portentosa que veio colocar, ou melhor confirmar, ser o nosso Clube um dos chamados Grandes".

Com efeito, "sim, somos grandes, finalmente mas com letras maiúsculas, pois os pontos arrecadados e que nos colocaram num posição de destaque do futebol português, não provenientes de ajudas estranhas ou ocultas, como pois vezes acontece aos tais cognominados de grandes, mas originados em actuações brilhantes e credora de tantos aplausos dispensados por aqueles que no anonimato assistiram aos seus jogos."

Assim, concluía que "está de parabéns a cidade de Guimarães e o seu clube...", numa manifestação de vitorianismo que o levava a indicar os jogadores que julgava ideais para o clube a mais de 6000 quilómetros de distância. Um vitoriano nunca perde essa condição e descobre sempre o modo de ajudar e de vibrar com os feitos da equipa!

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