COMO "QUINZE MINUTOS CONQUISTADORES” CONFIRMARAM UM QUARTO LUGAR COM DIREITO A SER "CAMPEÃO DOS PEQUENOS"...

Aquela temporada de 1963/64 fora extraordinária.

O Vitória treinado por José Valle fora capaz de bater o record de triunfos até à data, conquistando 16 êxitos em 26 partidas, numa percentagem de 61,5% de vitórias, o que foi conducente à conquista, pela segunda vez, do quarto lugar, após ter obtido igual posição na época de 1960/61. Porém, desta vez, os Conquistadores fariam mais dois pontos do que nesse ano (32 contra 30).

Uma verdadeira epopeia que fez com que a equipa tivesse o segundo melhor ataque da prova, com uma média de 2,38 golos por jogo, o que perfez 62 tentos em 26 partidas, só suplantado pelo ataque do Benfica dos grandes feitos europeus que, nessas 26 contendas, fez 103 golos.

Por isso, aquele derradeiro jogo com o Seixal, apenas, confirmaria o engodo goleador de uma equipa sempre de olhos postos na baliza. Assim, o onze composto por Roldão; Caiçara, Daniel; João da Costa, Manuel Pinto, Virgílio; Castro, Teodoro, Rodrigo, Peres e Mendes, naquele dia 19 de Abril de 1964, viveria uma verdadeira montanha russa... de golos, que acabaria com os Conquistadores a sorrirem com um triunfo por quatro bolas a três.

Coloquemos, a marcha do marcador:

Golo do Vitória (0-1) Peres - 36 minutos;

Golo do Seixal (1-1) - 44 minutos;

Golo do Seixal (2-1) - 60 minutos;

Golo do Vitória (2-2) Teodoro - 63 minutos;

Golo do Vitória (2-3) Rodrigo - 67 minutos;

Golo do Vitória (2-4) Rodrigo - 78 minutos;

Golo do Seixal (3-4) - 84 minutos.

Uma verdadeira loucura, que, segundo o Notícias de Guimarães de 26 de Abril de 1964, levou a que "toda a crítica foi unânime no realce dos seus méritos, pondo em evidência que o resultado final do prélio, alguma coisa há de contestável, são os diminutos números que exprimem a superioridade do Vitória.", confirmando o belo quarto posto obtido.

Concluía, assim, o jornal que "entretanto, este 4º lugar de agora entronca perfeitamente bem numa carreira magnífica, que lhe valeu há um ano o quinto lugar. Campeão dos pequenos, o Vitória - um dos raros clubes bem dirigidos no futebol português - entrou agora numa fase de maior valorização que resulta não apenas das suas classificações, mas também da projecção que pode vir a dar-lhe o torneio de Nova Iorque."

O Vitória fazia o melhor campeonato, a nível pontual, de toda a sua história!

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