Estávamos em Fevereiro de 1941...
O Vitória continuava com a sua afirmação, sendo, na altura, indiscutivelmente, a maior potência do Minho.
Porém, por essa altura haveria um fenómeno que muito complicou o ano vitoriano: um ciclone.
Com efeito, como escreve o Notícias de Guimarães de 23 de Fevereiro de 1941, "Em todo o concelho fez-se sentir o ciclone, que causou grandes prejuízos."
Prejuízos esses que, como escrevemos, atingiram os interesses vitorianos, principalmente no seu campo, o Benlhevai. Na verdade, segundo a descrição da referida publicação "fez derruir as bancadas do campo de jogos, levando também as balizas, marcador, buffet, etc. etc." Um problema tão grande que "o campo ficou absolutamente danificado, sendo o prejuízo calculado em mais de cinco contos."
Por isso, exortava o jornal, a que fossem tomadas "breves providências no sentido de dotar de novo aquele recinto com as bancadas, etc."
O Vitória, contudo, haveria de regressar à sua "caixinha de fósforos" a 09 de Março, numa partida frente ao Limarense Foot-ball Club e em que se aludia a que os "desportistas vimaranenses devem comparecer em elevado número, mostrando assim o seu bom desejo de auxiliar, financeiramente, o Vitória no transe difícil por que está passando, originado pelos efeitos terríveis do ciclone no seu campo de jogos. Se todos tiverem boa vontade, o mal debelar-se-á com um mínimo de sacrifício". E concluía-se que "assim há-de acontecer". O Vitória haveria de vencer por cinco bolas a zero, porém, com "o encontro a ser disputado debaixo de um grande aguaceiro, motivo pelo qual a assistência ao mesmo foi reduzidíssima". Inclusivamente, como humildemente reconhecia o escriba "a chuva impediu-nos de assistir ao jogo..." Outros tempos!