COMO UM ÁRBITRO DE NOME CARLOS CARVALHO, COM UMA ARBITRAGEM ESCANDALOSA, LEVOU AO DESESPERO PIMENTA E ASSUSTOU AS CONTAS VITORIANAS...

Estávamos na temporada de 1992/93...

O Vitória que, inicialmente, fora orientado por Marinho Peres não encarreira e, por isso, já houvera separado os seus caminhos do lendário treinador, apostando em Bernardino Pedroto.

Pedroto tinha uma tarefa difícil pela frente que passava por levar os Conquistadores a navegarem em águas tranquilas da tabela, o que, por causa dos resultados não estava a ocorrer.

Nem ocorreria naquele dia 31 de Janeiro de 1993, à décima nona jornada do Nacional maior. Na verdade, o onze composto por Madureira; Quim Berto, Paulo Pereira, Matias, Tanta; Paulo Bento, N´Dinga, Pedro Barbosa, Paulo Jorge; Ziad e Alexandro, para além da feroz oposição do Marítimo, adversário daquela tarde, teria de enfrentar a surreal arbitragem de um juiz de nome Carlos Carvalho.

Na verdade, apesar dos insulares terem-se adiantado no marcador por Edmilson, que anos depois viria a jogar no Vitória, a verdade é que os golos de Alexandro e de Pedro pareceram dar a esperança do êxito aos Conquistadores que bem dele precisavam para escapar aos lugares mais baixos da tabela classificativa.

Contudo, apesar de Jorge Andrade ter empatado a partida, a verdade é que a estrela seria o árbitro que, segundo o Povo de Guimarães dessa data, fez "um papel de figura principal de espectáculo visto por milhares de pessoas. E foi-o porque não marcou duas grandes penalidades contra a equipa madeirenses, consentiu o 2º golo do Marítimo que é precedido de fora de jogo, não expulsou o jogador Ademir que passou quase todo o encontro a reclamar e a colocar a bola do adversário no sítio que lhe convinha, quando este era beneficiado de uma qualquer falta, e finalmente depois disto tudo andou a inventar faltas a favor da equipa vimaranense numa altura em que os jogadores do Vitória já só jogavam com o coração."

Refira-se, complementando esta alocução que o segundo golo maritimista foi antecedido de um fora de jogo clamoroso e uma das grandes penalidades não assinaladas foi do "tamanho do Castelo de Guimarães."

Com o público em ebulição, desesperado pelo facto de, com esse resultado, o Vitória ficar, apenas, com um ponto de avanço sobre o primeiro lugar abaixo da linha de água, que era ocupado pelo Tirsense, "até o Dr. Pimenta Machado veio até junto das quatro linhas mostrar o seu desagrado perante a actuação do árbitro, e com razão, uma vez que a sua equipa estava a ser prejudicada numa altura em que os dois pontos são deveras importantes para a equipa vimaranense fugir aos últimos lugares."

Teriam de ser conquistados em outros terrenos que, naquele dia, com Carlos Carvalho, o escândalo fora por demais evidente....

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