COMO RUI RODRIGUES ESTREOU-SE COM A CAMISOLA DO VITÓRIA, APONTANDO O PRIMEIRO GOLO DAQUELA INESQUECÍVEL TEMPORADA... A DO MELHOR ATAQUE DO CAMPEONATO!

Aquela temporada de 1974/75 terá sido das mais marcantes da década de 70 do século passado.

Na verdade, a equipa orientada por Mário Wilson, reforçara-se com esmero, com nomes como como Ramalho, Pedrinho, Almiro, Jeremias e Rui Rodrigues que haveriam de ficar para sempre na memória dos vitorianos. Assim, conseguiu-se criar uma máquina ofensiva extraordinária com um tridente composto por Tito, Romeu e o já citado atacante brasileiro... ainda que o primeiro golo dessa caminhada, que só não teve apuramento europeu pela famigerada arbitragem na derradeira jornada do campeonato de António Garrido perante o Boavista, fosse apontado pelo líder da defesa, Rui Rodrigues.

Assim, naquele dia 08 de Setembro de 1974, a alinhar com Sousa; Ramalho, Rui Rodrigues, José Carlos, Osvaldinho; Ernesto Custódio Pinto, Abreu; Romeu, Tito e Jeremias, segundo o Notícias de Guimarães, de 14 de Setembro de 1974, o Vitória "após uma exibição razoável, mas ainda longe do que pode e sabe, impôs-se de forma decisiva ao Sporting de Espinho, alcançando um resultado deveras concludente, fruto da sua maior experiência, do seu saber e do valor das suas pedras, aliado a um padrão de jogo imposto na sua equipa por técnico sabedor...."

Apesar das reservas, a verdade é que o Vitória triunfaria por cinco bolas sem resposta, cabendo o primeiro golo ao estreante Rui Rodrigues, que no seu primeiro jogo de Rei ao peito apontou o seu único golo no clube. Os outros haveriam de caber a Tito (dois), Jeremias e Abreu, num claro sinal da voracidade ofensiva da equipa.

Com efeito, apesar do quinto lugar final com que o campeonato seria findo, ainda que em igualdade pontual com o quarto posicionado, o Boavista, os Conquistadores conseguiram ter o melhor ataque da competição, com 64 golos em 30 jogos. Para isso ocorrer, de muito valeram os 17 golos de Tito, os 18 de Jeremias e os 10 de Romeu numa equipa que era um verdadeiro tratado de jogar futebol... mas que começou a semear o pânico nas defesas contrárias, por um dos mais marcantes centrais da sua história: Rui Rodrigues, de seu nome, e que nos deixou recentemente.

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