AQUELA INESQUECÍVEL TARDE DE UM HOMEM QUE SE TORNOU ETERNO...

Aquela temporada de 1974/75 foi inesquecível...

Pelo belo futebol praticado, pelas esperanças que desencadeou...e pelo modo inesperado como findou com Garrido a espoliar o Vitória de um apuramento europeu que seria mais do que merecido!

Porém, nessa caminhada um jogo, graças a uma das melhores exibições individuais da centenária história vitoriana, entrou na eternidade.

Estávamos a 22 de Setembro de 1974 e, na terceira jornada do Nacional maior, o Vitória recebia o Oriental, depois de ter goleado em casa o Espinho por cinco bolas sem resposta e ter perdido no Barreiro, perante a CUF.

Seguia-se o Oriental, sendo que para essa partida, Mário Wilson escolheu Rodrigues; Ramalho, Rui Rodrigues, Torres, Osvaldinho; Pedrinho, Custódio Pinto, Abreu; Romeu, Tito e Jeremias. Este último teria, provavelmente, um dos mais belos desafios da sua história...já que aos 5, 12, 78 e 83 minutos foi capaz de bater o guardião Carlos Azevedo...alcançando um fantástico poker, que pôs o país a olhar com curiosidade para aquele fortíssimo ponta de lança que o Vitória descobrira no Brasil.

Toda a gente passaria a olhar com respeito para o tridente atacante vitoriano composto por Tito, Romeu e Jeremias... que pese embora o falhanço europeu, ainda que devido à acção de terceiros, conseguiu ter o melhor ataque da prova com 64 golos, apesar do quinto lugar final!

Quanto a Jeremias, apesar de ter abandonado o clube no final da temporada, rumo ao Espanyol de Barcelona, haveria de deixar saudades. Assim regressaria na temporada de 1978/79, mas o que ficaria na memória vitoriana seria aquela inolvidável época de 1974/75, temperada por um poker de golos!

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