Estávamos no ano de 2003, a meio da temporada de 2002/03.
Pimenta Machado acabara de vencer o derradeiro acto eleitoral que haveria de disputar no Vitória frente a Manuel Rodrigues. De imediato, a polémica estourou entre o líder do clube e uma das maiores claques do clube, os White Angels.
Com efeito, o presidente terá entendido que a claque teve um posicionamento mais aproximado do outro candidato, Manuel Rodrigues, ainda que José Guerra, líder do grupo, defendesse que "a claque não apoia pessoas, mas sim o Vitória Sport Clube e mais ninguém."
Não obstante isso, afirmavam que este tinha-lhes retirado os apoios que o clube houvera fornecido nas derradeiras temporadas. Estes passavam pela cedência de uma sala na antiga sede do clube na Rua D.João I e por uma comparticipação no aluguer de autocarros nas deslocações.
No auge da revolta, depois do líder vitoriano ter falhado a uma reunião que agendara com os líderes do grupo, José Guerra dava a voz à revolta, lamentando o facto da claque ter-se visto na contingência de viajar rumo ao Porto para apoiar o Vitória a expensas totalmente próprias, pois, " os duzentos elementos que viajaram tiveram que despender 15 euros cada pelo bilhete, para além do aluguer de dois autocarros se ter situado em 600 euros."
A guerra que haveria de durar até ao último dia do derradeiro mandato de Pimenta conhecia um episódio escaldante...