Estávamos em Janeiro de 2003...
O Vitória sob o comando de Augusto Inácio sonhava com os melhores lugares do campeonato nacional, enquanto fora dos campos travava-se um combate eleitoral. Ainda que não se soubesse, seria o derradeiro que Pimenta Machado iria intervir, tendo como oponente António Rodrigues.
O presidente em exercício, cada vez com mais problemas, fez-se à luta, procurando satisfazer as pretensões desportivas de uma equipa que se acreditava que pudesse chegar longe.
Deste modo, no final do mês de Janeiro, seria apresentada uma estrela do futebol brasileiro, que já houvera actuado na Roma de Itália no final do século XX, tendo sido adquirido ao Atlético Mineiro por 17 milhões de dólares, para depois regressar ao futebol brasileiro, ainda que a título de cedência temporária, por clara inadaptação ao calcio, onde continuou a apontar muitos golos quer no Palmeiras quer no Cruzeiro.
Por isso, estes últimos tentaram por tudo manter o seu concurso, enquanto Fábio Capello, técnico da Roma, parecia estar disposto a dar uma nova oportunidade ao avançado. Seriam, contudo, os Conquistadores a conseguirem garantir o empréstimo do jogador até ao final do campeonato.
Fruto desta contratação, que, como já escrevemos, foi um trunfo eleitoral de Pimenta Machado, gerou-se grande entusiasmo entre os vitorianos. Seria a peça do puzzle para o Vitória conquistar os mais altos lugares da tabela, a pedra de toque de um futebol espectacular mas a que, por vezes, faltava a consubstanciação.
Porém, como tantas vezes ocorreu, as expectativas sairiam goradas. Fábio haveria de se estrear num triunfo perante a Académica de Coimbra, sendo substituído aos 64 minutos por Fangueiro, assistindo do banco dos suplentes ao tento do êxito vitoriano apontado por Rafael. Entraria com suplente em mais dois jogos, para ser titular a 17 de Março de 2003, na Póvoa de Varzim. Jogaria 61 minutos, sendo substituído por Rafael... que voltaria a apontar o golo da felicidade vitoriana!
Logo de seguida, chegaria a notícia da sua dispensa. A justificá-la o facto de, segundo o Mais Futebol, "já que não era opção do treinador Augusto Inácio e os seus salários elevados eram incomportáveis com a realidade financeira dos vimaranenses."
Assinaria pelo Atlético Mineiro e voltaria a encontrar o caminho das balizas... deixando os vitorianos a lamentar por aqui jamais ter conseguido ser feliz!