Naquele ano de 1985, o Vitória vivia em conflito com o jornal A Bola, a ponto de numa Assembleia-Geral, já aqui mencionada, que tinha como especial interesse a proposta de aumento de quotas apresentada pela direcção, um dos pontos em discussão ser aquele que "visava estabelecer o tipo de relações com os órgãos de comunicação social", como escrevia o jornal do clube dessa altura.
O presidente Pimenta Machado haveria de apresentar esse ponto da ordem de trabalhos, explicando que “A Bola tem tido um comportamento arrogante em relação ao Vitória que chegou a pôr em causa a própria dignidade do clube." Por isso, defendia que "é necessário respeito pelo clube e pelo estrito dever de informar.", atento que "A Bola esteve para além disso e achincalhou. Logo tomamos as posições que entendemos para defender o bom nome do clube." Assim, resolveu-se ouvir os sócios "sobre se deviam ou não apoiar a Direcção em continuar a impedir que A Bola ocupe os lugares destinados à imprensa ou se a Direcção deveria mudar de posição."
Depois da maioria ter manifestado apoio à proposta, "a posição da Direcção foi aprovada com apenas 8 votos contra e 8 abstenções." Tal haveria de levar a que o jornal apresentasse um processo judicial, na altura denominado de correccional, com o número 275/85 que correu termos na 2ª Secção do 3ºJuizo do Tribunal de Guimarães e que se baseou num parecer da Procuradoria Geral da República.
Este facto foi conducente a que o Vitória se visse na contingência de assinar um protocolo com os jornalistas a 14 de Julho de 1986. Neste, os escribas reconheciam que pretendiam "obter uma declaração judicial sobre as matérias referidas no aludido parecer, se, entretanto, tal definição não fosse obtida por outra via, sendo certo que nada o move (...) contra o Vitória Sport Clube com quem pretende manter as melhores relações. Por seu turno, o Vitória manifesta-se disposto a agir efectivamente de boa-fé (...) quanto ao acesso dos jornalistas aos terrenos desportivos..." Com este acordo, o Sindicato dos Jornalistas desistiria do processo, esperando-se que fosse o arranque de uma relação baseada na reciprocidade de tratamento..." Seria por pouco tempo, como já vimos...