Pimenta Machado chegou à presidência do Vitória em 1980 para ter um primeiro mandato absolutamente marcante.
Desde logo, pela coragem em apostar num treinador como José Maria Pedroto que, quase poderemos dizer, lançou as bases da modernidade no Vitória, ao transformar completamente os Conquistadores. Mas, também, pelos resultados desportivos alcançados no seu primeiro mandato em que na temporada de 80/81 conseguiu um quinto posto e nas de 81/82 e de 82/83 dois quartos lugares, ainda que tais resultados, apenas, tivessem permitido um apuramento europeu, em consequência das contingências da Taça de Portugal.
Contudo, o presidente vitoriano terá cogitado não avançar para um segundo mandato tal como nos deu a conhecer o Notícias de Guimarães de 29 de Janeiro de 1982. Assim, "desgostoso com o andamento moroso nas obras do Estádio Municipal", parecia com a disposição de não voltar a avançar para a liderança do clube.
Na verdade, "as obras do estádio pareciam eternizar-se, ocasionando prejuízos incalculáveis e uma administração voltada para o investimento, tanto mais que a lotação do estádio, tal e qual se encontrava era bem menor do que a inicial."
Porém, Pimenta, como muitas vezes sucedeu ao longo dos 24 anos que liderou o clube, conseguiu fazer a sua posição prevalecer. Deste modo, "as obras começaram a fazer-se em ritmo acelerado, ritmo julgado por si satisfatório, ainda que longe do ideal, mas ainda assim suficiente para acabar de vez com a sua lógica reflexão". Avançava assim para o primeiro acto eleitoral que iria vencer...