O Vitória houvera conquistado o quarto lugar, ainda que sem direito a Europa, por causa do apuramento do rival, SC Braga, para a final da Taça de Portugal.
Assim, com Pedroto de malas aviadas para o FC Porto, como noticiava o Notícias de Guimarães de 04 de Junho de 1982 "o Dr. António Alberto Coimbra Pimenta Machado, avalizando o desejo do departamento de futebol do Vitória em homenagear Pedroto e a sua equipa técnica pelo contributo dado para que a equipa profissional conseguisse a honrosa quarta posição classificativa" recebeu em sua casa o treinador e os adjuntos António Morais e Valdemar Custódio, bem como alguns convidados da imprensa.
Naquela que foi uma festa íntima, a todos Pedroto deixou marcados. Com efeito, "visivelmente emocionado, (...), pronunciou algumas palavras de vivo respeito e admiração pelo Presidente do Vitória e foi com sinceridade evidente que terminou dizendo está já a sentir saudades deste clube e desta terra."
No final desse marcante momento, o treinador, cuja imagem de marca era a boina, mostrar-se-ia "verdadeiramente emocionado e disse nunca mais esquecer a sua passagem pelo Vitória de Guimarães e do gosto que teve em conduzir profissionais tão conscientes dos seus deveres."
Porém, passado algum tempo, a harmonia, em alguma medida desvanecer-se-ia. Na verdade, o treinador reclamaria o prémio contratualizado pela obtenção do quarto posto, algo que Pimenta refutaria com o argumento que tal posição não houvera dado apuramento europeu e que esse era o objectivo estipulado. Pedroto, velho lobo do futebol, haveria de levar a sua avante, reiterando que no seu contrato vinha referida a quarta posição e não apuramento europeu, pelo que... ficaria de ensinamento ao jovem presidente que com o primeiro treinador escolhido no seu mandato, como as coisas deveriam ser feitas!