COMO JOAQUIM ROCHA FOI CAPAZ DE ALCANÇAR UM FEITO QUE JOTA SILVA AGORA IGUALOU...

Jota Silva anda na crista da onda.

Recém-internacional português, a apontar golos atrás de golos de Rei ao peito, a ser desequilibrador numa equipa unida e solidária. Aliás, nas últimas quatro jornadas apontou quatro golos que muito ajudaram os Conquistadores a alcançar quatro saborosos triunfos.

Aliás, há muitos anos que não existia um jogador português a apontar tantos golos de Rei ao peito. Mais propriamente a 42 anos, quando Joaquim Rocha chegou aos 16 golos, sob o comando de José Maria Pedroto. Tratou-se de um belo feito de um jogador contratado na época de 1979/80 e que, tal como o actual número 11 vitoriano, facilmente caiu nas boas graças dos adeptos Conquistadores.

Tal deveu-se à sua capacidade técnica que fazia dele quase um "ratinho de área", mas também ao seu instinto goleador que o fez festejar por 37 vezes nas quatro temporadas em que jogou no Vitória, depois de ter sido contratado ao Académico Viseu.

O seu papel mais relevante sucedeu na já referida temporada de 1981/82 e fazendo parte de uma equipa base composta por Jesus; Ramalho, Tozé, Alfredo Murça, Gregório Freixo; Nivaldo, Pedroto, Barrinha, Abreu; Fonseca e Joaquim Rocha foi o abono de família de uma equipa que só não chegou às competições europeias por causa do apuramento do SC Braga para a final da Taça de Portugal.

Começaria por estrear-se a marcar frente ao Boavista à terceira jornada. Perto do final da partida, como escreveu o Notícias de Guimarães, de 11 de Setembro de 1981, "felizmente, aconteceu um belíssimo golo, a favor de quem sempre o mereceu, isto quando já ninguém acreditava, menos os jogadores vitorianos..." Começava aqui uma relação próxima com o golo, que teve destaque com o tento solitário no triunfo perante o FC Porto, que fez a equipa vimaranense sonhar com o terceiro posto, ou o bis perante o SC Espinho.

No final da temporada, já com a certeza que as competições europeias não seriam concretizadas e que Pedroto regressaria ao FC Porto, o Vitória despedir-se-ia com um triunfo por cinco bolas sem resposta frente ao seu homónimo sadino. Uma goleada, em que Rocha, que muitos chamavam "Poeta" pelo seu cabelo, marcaria mais um golo, num desafio, que segundo o Notícias de Guimarães de 28 de Maio de 1982, "foi um espectáculo de luxo aquele que o Vitória de Guimarães proporcionou a todos os seus associados... Foi realmente um jogo grande, ou melhor um grande jogo, que terminou com um triunfo folgado e bem merecido da equipa vimaranense. Os sócios gostaram e sairam satisfeitos, apesar do tempo de calmaria que vai correndo. Magnífica despedida duma época que foi brilhante apesar da Europa, por mero infortúnio, ter ficado para uma próxima oportunidade.” Nas asas de um goleador que, só passados 40 anos, foi igualado...

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