COMO O VITÓRIA, NAQUELE INESQUECÍVEL ANO, FAZIA FUROR NO BRASIL, SENDO UM CLUBE SENSAÇÃO NO PAÍS IRMÃO

Aquela temporada de 1968/69 estava a ser estrondosa. O Vitória dava cartas no campeonato nacional, fazia os adeptos sonharem com um inédito posicionamento na tabela classificativa, graças aos méritos do primeiro treinador brasileiro da sua história, Jorge Vieira.

Talvez, também, por essa razão, surgiria uma notícia por esses dias no jornal do clube datado de 30 de Janeiro de 1969, transcrevendo outra que saíra no periódico Comércio do Porto onde rezava que "o nome do Vitória e de Guimarães, graças ao Vitória, começam a correr mundo e a ganhar inusitados aspectos de popularidade." Assim, "diariamente o clube recebe, na sua sede, dessa crescente popularidade, dos mais diferentes pontos do globo e através de correspondência onde se denuncia um significativo conhecimento da existência vitoriana."

A comprovar isso, dizia-se no artigo mencionado do jornal portuense que "um fenómeno de popularidade está a registar-se no Rio de Janeiro: o Vitória, clube que era pouco conhecido no Brasil, começa a dispor de uma falange numerosa e entusiástica.”

Na verdade, "até agora os clubes portugueses com maior número de simpatizantes no Brasil eram o Benfica, o Sporting, o Belenenses e o F.C. do Porto - os chamados quatro grandes." Todavia "a prova sensacional do Vitória (...) no campeonato em curso granjeou-lhe admiradores, tanto entre os numerosos portugueses como entre a própria massa brasileira."

Mais do que isso, os relatos dos vitorianos chegavam ao outro lado do Atlântico, visto que "o Brasil atravessa o defeso. O campeonato carioca só começa no dia 2 de Março. E todos os Domingos a rádio brasileira retransmitem em cadeia com a Emissora Nacional, de Lisboa, reportagem dos encontros do campeonato português", em que o Vitória era dos principais protagonistas, a lutar pela melhor classificação da sua história.


 

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