COMO NO REGRESSO À EUROPA IMPERARAM GESTOS DE CAVALHEIRISMO

Tinham passado treze anos desde a derradeira vez que o Vitória fora à Europa.

Um hiato que sucedera fruto do sexto lugar na década de 70 do século passado não garantir passaporte europeu e quando ocorreu o quinto posto em 1974/75 os Conquistadores tiveram de se contentar com a Taça Intertoto. Além disso, “azar dos azares”, já na década de 1980, quando a equipa conseguiu um belo quarto posto sob o comando de José Maria Pedroto em 1981/82, perderia o bilhete europeu para o eterno rival que, por ter chegado à final da Taça de Portugal, garantiu essa vaga.

Seria só na época seguinte que, com um jovem Manuel José a treinar a equipa, que o Vitória tiraria o passaporte europeu, como consequência de um novo quarto posto… mas desta feita, sem qualquer engulho a impedir o regresso à alta-roda do futebol do Velho Continente.

Calharia logo em sorte um adversário de peso: os ingleses do Aston Villa que tinham sido campeões europeus no exercício de 1981/82. Um colosso que Pimenta quis impressionar!

Assim, mal chegou a comitiva inglesa resolveu convidá-la para um banquete na sua quinta de São Torcato que a todos impressionou, a ponto de merecer menção no programa oficial do jogo da segunda mão em Birmingham.

Aí, o inesperado aconteceu… querendo retribuir a amabilidade vitoriana, que houvera vencido o jogo da primeira mão por uma bola a zero, o presidente dos Villains teve um gesto surpreendente para com Pimenta: entregou-lhe para a mão as chaves do seu Rolls-Royce pessoal com chofer para se deslocar enquanto o Vitória estivesse em Inglaterra.

Uma retribuição de galanteios entre cavalheiros, não obstante o jogo ter corrido mal ao Vitória, sendo eliminado…

Na fotografia o, então, Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Manuel Ferreira, e um muito jovem Pimenta Machado ladeiam o líder máximo do Aston Villa.

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