COMO NA PRIMEIRA JORNADA DA TEMPORADA, O VITÓRIA MOSTROU QUALIDADE E ESPÍRITO DE GRUPO

Estávamos no início da temporada de 1965/66, a 13 de Setembro de 1965.

Começava um novo campeonato, com um encontro de Vitórias. Com os Conquistadores a serem orientados pelo francês Jean Luciano, que na temporada anterior estivera no Sporting, as expectativas eram de um início de campeonato positivo.

Assim, para a história ficou o primeiro onze do ano, onde já marcavam presenças os brasileiros contratados para essa temporada: José Morais e Djalma. Assim, a alinhar com Roldão; Gualter, Pinto, Artur, Daniel; Ribeiro, Peres; Djalma, Morais, Mendes e Castro, como escreveu o Notícias de Guimarães de 19 de Setembro desse ano, "... com aquele golo inicial, antes das equipas terem aquecido, o prenúncio não foi dos mais acalentadores." Na verdade, a equipa sadina aos dois minutos já vencia e, além disso, como a fotografia documenta, aos 20 minutos o Vitória sofreria outro revés. Com efeito, como a fotografia documenta, o guardião Mário Roldão lesionou-se, tendo de sair, sendo substituído por Dionísio, no único tipo de substituição que naquela altura o futebol permitia. Destaque para ser carregado pelos próprios colegas de equipa, numa manifestação de união, de um grupo a remar para o mesmo lado, significativo da vontade de vencer.

Porém, a equipa vitoriana conseguiu manter a tranquilidade na partida. "Pouco a pouco, tornou-se acutilante, e depois da meia hora, o golo da igualdade começou a ser esperado." Haveria de chegar perto do intervalo por Mendes, para aguçar as expectativas para a segunda parte.

Esta seria inebriante, imparável com "a vivacidade vitoriana a abrir último reduto." As trocas de lugares dos avançados da equipa rebentaram com a defesa contrária e os golos começariam a surgir, levando à loucura fora de campo. Outro de Mendes e um bis de Djalma em estreia, levavam a um score que, antes do início da partida, ninguém esperava. O Vitória mostrava-se avassalador, insaciável e, ainda, portador de um grupo unido, capaz de driblar as dificuldades e até carregar um colega em braços. Tudo parecia conjugar-se para uma grande temporada...

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