Tradicionalmente, o Vitória começava os campeonatos com dificuldades em encontrar o seu ritmo. Por essa razão, perdia terreno para os seus concorrentes que, no final do campeonato, fazia com que findasse os campeonatos longe dos melhores classificados.
Terão existido excepções como quando conquistou o quarto posto na época de 1960/61, mas nada comparável com o sucedido naquele exercício de 1965/66, em que suportado pela contratação de dois extraordinários jogadores brasileiros (José Morais e Djalma) a todos surpreendeu.
Orientada por Jean Luciano, um treinador francês contratado ao Sporting, a equipa vitoriana teve um arranque absolutamente irresistível, ao ser capaz de nas oito primeiras jornadas do campeonato obter seis triunfos e dois empates.
O último destes êxitos obtido em Matosinhos perante o Leixões, que colocou a que a equipa vitoriana ascendesse à liderança do campeonato em igualdade com o Sporting, levou a que o Notícias de Guimarães escrevesse que " ambos na situação de visitantes, os dois comandantes suscitaram, por isso, as atenções gerais da jornada. E foram, precisamente, ele os dois vencedores em terreno alheio, confirmando assim, não só, o merecimento das suas posições, como também o firme propósito de as defenderem. Refira-se que nesta extraordinária caminhada, o Vitória já tinha empatado a um em casa do outro líder, o Sporting, a um, graças a um golo de Mendes.
Este extraordinário arranque sofreria um travão com as derrotas consecutivas frente a FC Porto (na Amorosa) e o Benfica (na Luz). Porém, a equipa, impulsionada pelos golos de Djalma, continuaria a demonstrar capacidades para andar nos lugares cimeiros... terminando o campeonato no quarto posto, a um ponto do terceiro posicionado, o FC Porto. Porém, aquele início do campeonato terá ficado na memória de todos aqueles que a ele assistiram...