COMO NA AMOROSA SE CELEBRARAM OUTROS HERÓIS (DO VOLANTE) QUE NADA TINHAM A VER COM A BOLA...

 

O desenho aqui apresentado não representa uma qualquer jogada ensaiada pelo Vitória ou qualquer esquema táctico gizado por um treinador que tenha orientado os Conquistadores na sua centenária história.

Na verdade, trata-se de um trajecto automobilístico da Prova Perícia Automobilística de Guimarães que iria desenrolar-se no Campo da Amorosa em 14 de Julho de 1957.

Organizada pelo Comissão de Auxílio ao Vitória, um organismo destinado a recolher fundos para ajudar os Conquistadores nas suas despesas, tinha vários troféus em disputa. Entre estes, destacava-se a Taça Borges Barreto, que como o Notícias de Guimarães da data referida, anunciava "de homenagem a este malogrado automobilista, a atribuir ao vencedor absoluto da competição."

Para que a prova fosse um êxito, esperava-se que um “grande número de espectadores acorra ao Campo da Amorosa para assistirem a esta competição que será disputada renhidamente por alguns dos melhores automobilistas nacionais." Mas, acima de tudo, importava que o recinto de jogos vitoriano registasse uma enchente, pois "dado o fim a que se destina a receita deste empreendimento, é de esperar que a massa associativa do Vitória corresponda ao apelo que lhe foi feito pela Comissão de Auxílio do Clube e adquira um bilhete de ingresso no Campo de Jogos."

A prova seria um êxito com 83 pilotos inscritos, sendo que o Notícias de Guimarães da semana seguinte dava conta que "o público seguiu com o maior dos interesses o decorrer da competição. Acabaria por celebrar o triunfo de F. Marques Pinto a conduzir um Volkswagen, seguido por António Barros ao volante de um MG.

Destaque, ainda, para um troféu para o melhor piloto vimaranense, que seria vencido por Alexandre Rodrigues Guimarães.

Na Amorosa não se vibrava, apenas, com os golos do Vitória e os heróis iam para além dos homens que levavam o Rei ao peito...

Postagem Anterior Próxima Postagem