Parece estar confirmado o reforço da zona central defensiva com a contratação do jovem Miguel Nóbrega que na passada temporada representou os polacos do Piast Gliwice por empréstimo do Rio Ave.
Empréstimo, esse, que diga-se, onde não foi muito feliz, pois só foi utilizado por cinco vezes, a última delas a 28 de Março de 2025, quando foi substituído ao intervalo na derrota da sua equipa frente ao Widzew Lodz. Dessas cinco, apenas, por três vezes cumprir os noventa minutos.
Por essas razões, mas, também, por ser um jovem com dificuldades em afirmar-se após ter concluído o seu percurso de formação, a maioria dos vitorianos ficará com o pé atrás com esta aposta. Com 25 anos e um percurso sénior dividido pela equipa B do Benfica, os suíços do Grasshoppers, o Rio Ave e a equipa polaca, nunca conseguiu afirmar-se completamente.
É verdade que terá uma boa escola de formação que o fez abandonar o Nacional da Madeira com 11 anos para abraçar a aventura do Seixal. Que cumpre o requisito vitoriano, nesta janela de transferências, de ser jovem e internacional nos escalões mais baixos da respectiva selecção, à imagem dos já contratados Mitrovic, Camara e Fabio Blanco.
Além disso, irá de encontro à filosofia do Vitória que parece interessado em rejuvenescer a equipa, abrindo um novo ciclo, em que nomes como Bruno Varela, Bruno Gaspar, Mikel Villanueva ou Tiago Silva já não caberão.
Porém, não poderemos deixar de questionar. Atendendo à área nuclear onde actua, onde o Vitória na época passada contou com homens de grande experiência como Borevkovic e Mikel, será suficiente? Aludindo à possível partida do croata e com a chegada de Nóbrega, perdoem-nos a opinião, ficará a faltar um "xerife" ao último reduto vitoriano. O líder incontestado deste. E, queremos crer, que se as propaladas partidas forem mais do que um rumor, será urgente contratar outro tipo de defesa, para liderar o último reduto. Sem esquecer, ainda, que jovens como Rika e André poderão estar à espreita por um lugar ao Sol...