Aquela temporada de 2002/03 foi, até certa altura do campeonato, belíssima...
O Vitória a todos surpreendeu a jogar um futebol de beleza inegável, surpreendendo os adversários pelo modelo ousado de jogo, pleno de movimentações, penetrações e rápidas combinações.
Assim, quando os Conquistadores rumaram a Barcelos para enfrentarem o Gil Vicente viviam uma fase de exaltação, consubstanciada na goleada ao Alverca e no belo triunfo perante o Boavista, em que algumas jogadas roçaram a beleza extrema.
Por isso, perante muitos vitorianos presentes ainda no Adelino Ribeiro Novo e a alinhar com Palatsi; Cléber, Ricardo Silva, Rogério Matias; Bessa, Rui Ferreira, Pedro Mendes, Hugo Cunha, Djurdjevic; Nuno Assis e Romeu, o Vitória haveria de ter de sofrer. Um sofrimento que levou a que a partida fosse disputada de modo equilibrado, ainda que a meio da primeira parte, passasse o Vitória, como escreve o Notícias de Guimarães de 13 de Dezembro de 2002, "a assumir claramente o seu tipo de jogo." Para isso, muito contribuiu Nuno Assis que "encarregou-se de dar o mote ao futebol ofensivo vimaranense ...".
Por isso, o primeiro momento de alegria haveria de chegar pelo final da primeira parte, quando "Bessa ganha a bola em antecipação, serve Pedro Mendes, que posteriormente desmarca Hugo Cunha, de quem sai o cruzamento para Nuno Assis inaugurar o marcador na cara de Paulo Jorge." Uma jogada que foi a imagem de marca vitoriana durante aquela parte da temporada...
Porém, quem pensou que a segunda parte seria tranquila para o conjunto vitoriano enganar-se-ia. O Gil Vicente, apesar de estar reduzido a dez unidades, procuraria tirar algo da partida. Porém, do banco, Augusto Inácio jogaria cartada de mestre. Assim, "Fangueiro, à imagem do que aconteceu no jogo com o Boavista, voltou a ser o coelho que Augusto Inácio tirou da cartola, para sentenciar a partida." Deste modo, a passe de Djurdjecvic faria o segundo golo vitoriano, catapultado o Vitória para o terceiro posto... absolutamente delicioso!