COMO CAIÇARA E CARLOS ALBERTO FICARAM NA NOSSA HISTÓRIA...

Dois brasileiros que ajudaram o Vitória a crescer no período de afirmação no regresso à Primeira Divisão...

Carlos Alberto chegou uma temporada antes do que Caiçara, mesmo naquela que foi o regresso à Primeira Divisão em 1958/59. Com os compatriotas Edmur e Ernesto pintou a manta, ainda que tivesse características diferentes destes.

Na verdade, era aquele jogador que os vitorianos sempre amaram odiar. Genial, imprevisível e capaz de vencer um jogo sozinho num dia bom, num dia mau poderia ser indolente e desinteressado. Terá sido essa inconstância exibicional que o terá feito passar de amado a criticado, de ídolo das massas a criticado acerrimamente por só jogar para si e só a actuar duas temporadas de Rei ao peito.

Na última delas coincidiu com Caiçara, mais um brasileiro descoberto pelo "Pimenta do Brasil" e que se terá tornado num dos mais lendários atletas de cem anos de boas histórias. Chegado a Guimarães, proveniente do Náutico, era aquilo a que se poderia chamar de jogador completo. Assim, apesar de actuar recuado, enchia o campo pela sua técnica e pela sua capacidade de aterrorizar as defesas contrárias com o seu pontapé bombástico que fazia qualquer guarda-redes temer o balázio disparado da sua chuteira. Terá sido um caso de enamoramento imediato, já que ao integrar a comitiva que participou na primeira digressão vitoriana, ao primeiro jogo era opinião comum que não enganava e que o Vitória tinha em mãos um grande jogador. Quem o diagnosticou assim, não se enganou... Com efeito, foram seis temporadas de qualidade superlativa e com um papel importante na afirmação vitoriana no panorama nacional.

No final da sua aventura vitoriana, Caiçara teria a máxima das honrarias a que naquela altura um jogador poderia aspirar. Um jogo de homenagem em que intervieram jogadores brasileiros a actuar em Portugal. Ficou tanto na memória dos vimaranenses que, já no século XXI, foi merecedor de um jantar de homenagem por parte de um grupo de tertúlias vitoriano que o trouxeram a Guimarães para ser homenageado!

Ficaram ambos na história...

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