A INCRÍVEL HISTÓRIA DE JOSÉ MARIA COSTA, O BORBULHA, CASTIGADO COM UMA SANÇÃO NUNCA VISTA, MAS MERECEDOR DE CLEMÊNCIA!

Esta será uma daquelas histórias praticamente desconhecidas do universo vitoriana.

Uma história que se perdeu no tempo e que a pesquisa das equipas nos almanaques de então não possibilitam o seu conhecimento... nem sequer o herói destas linhas merece menção!

Mas, José Maria de Freitas Mendes da Costa, nascido em 1938, foi uma esperança do Vitória, cujo um desvario o arredou, provavelmente do sonho de chegar mais além, de se afirmar no panorama do futebol nacional.

Assim, o lateral, que podia actuar em ambos os lados, entrou com 18 anos nas escolas vitorianas. Talentoso, com possibilidade em jogar com os dois pés, chegou com facilidade aos escalões principais da equipa...

Até que chegamos a 1959, o ano em que o Vitória seria orientado pelo argentino Óscar Tellechea, aquele treinador que dizia que "nem o Real Madrid jogava sempre bem, pelo que a equipa por si orientada não o poderia fazer."

José Costa, que tinha a alcunha de Borbulha, percebeu pelos laterais existentes no plantel que poucas hipóteses teria de jogar. Por isso, à socapa, foi à experiência treinar a Chaves, tendo agradado aos responsáveis flavienses. Seria a hipótese, ainda que num escalão secundário, de jogar, de crescer.

Chegou a Guimarães, expôs a situação aos responsáveis vitorianos. Mas, como o próprio referiu em entrevista ao jornal do Vitória de 08 de Agosto de 2000, "... na altura, o Eng. Hélder Rocha pediu muito dinheiro pela minha carta e eu fiquei bastante irritado..." Este facto levou a que num acto irreflectido, agrediu o responsável vitoriano, o que praticamente arruinou-lhe a carreira. "Por isso, fui suspenso pela direcção do Vitória por um ano", numa sanção pesada mas, provavelmente, ajustada ao ocorrido e que, posteriormente seria merecedora de uma espécie de amnistia.

Assim, tudo haveria de se resolver graças a uma necessidade vitoriana. Na verdade, "devido ao desvio das águas no Campo da Amorosa, o Vitória tinha de treinar no Campo das Taipas e a direcção do Taipas, sabendo da minha situação, pediu à direcção do Vitória para que eu nesse ano jogasse no Taipas, por empréstimo, e foi o que aconteceu."

Graças à clemência dos responsáveis vitorianos, poderia voltar a fazer o que mais gostava, o que haveria de continuar em Lisboa quando para lá foi trabalhar.

Uma história de um nome menos lembrado... mas que envergou a camisola vitoriana...

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