COMO AQUELE EMPATE COM O LEIXÕES SELOU A DEFINITIVA DESPEDIDA DE JORGE VIEIRA...

O Vitória naquela temporada de 1970/71 estava a ser uma verdadeira desilusão.

Da equipa conquistara o apuramento europeu por duas vezes consecutivas nos anos anteriores não havia sequer um simples vestígio. Aliás, completaria a primeira volta da prova com, apenas, um triunfo em casa do Varzim que prolongou um pouco a permanência do treinador brasileiro à frente da equipa.

Porém, não passaria da 18ª jornada da prova que era, igualmente, a 5ª da segunda volta. Aí, frente ao Leixões, a alinhar com Rodrigues; Costeado, Manuel Pinto, Herculano, Silva; Artur, Duarte, Peres; Zezinho, Ademir e Osvaldinho, e, segundo o Notícias de Guimarães de 06 de Fevereiro de 1971, a equipa demonstrou o "problema de sempre: crise moral, acima do mais, provocada por isto e aquilo, mas, sobretudo, por uma sofreguidão no sentido do alcance do melhor resultado, o que leva ao menor discernimento, ao descontrole dos nervos, à perturbação manifesta." Por isso, "não há, por evidência, em tais circunstâncias, cabeça-fria. E o mal acumula-se, manifestamente, quando tanto existe, também fora do terreno, isto é, ao nível dos responsáveis."

Assim o empate a zero, o décimo em dezoito partidas, com o tal triunfo já mencionado, levaria à chicotada psicológica. Jorge Vieira abandonaria o clube, que se consideravam "possíveis em quaisquer meios, quase sempre pouco desejáveis, mas difíceis de evitar." Assim, Jorge Vieira abandonava o Vitória sem honra nem glória, para ser substituído por Peres que, apesar de ser jogador, iria tentar o que se antevia muito difícil, a manutenção. Começaria mal, mas isso será outra história...

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