COMO ANTÓNIO E ARMINDO NEM NOS PRÉMIOS SE ENTENDIAM... E COMO PIMENTA PROCURAVA SEMPRE O MODO DE TER A DEFINITIVA PALAVRA!

Já aqui falamos algumas vezes da guerra entre os primos, António e Armindo, pelo poder no Vitória. Uma guerra que começou em 1983 e que apanhou Manuel José como treinador e em que tudo valia para um se superiorizar ao outro.

Assim, desde o início da temporada, que o director do departamento de futebol, Armindo Pimenta Machado, aumentava os prémios do bolso dele e por sua livre iniciativa.

Tal terá começado nessa pré-temporada de 1983/84 num jogo particular frente ao Celta de Vigo, em que os jogadores vitorianos deram boa conta de si. Depois do triunfo, Armindo Pimenta Machado iria ao balneário, anunciar que o prémio havia sido aumentado.

Passados uns dias, antes do treino começar, António Pimenta Machado chegaria junto do treinador, que se encontrava na rouparia para o confrontar.

Segundo Manuel José, o diálogo terá sido mais ou menos assim: " Ó Manuel José, o prémio são 20 contos”. Eu digo: “Ó doutor, estão aqui os jogadores, que são testemunhas, o prémio são 30 contos”. E ele: “Já lhe disse, o prémio são 20 contos”. E eu: “O senhor Armindo Pimenta Machado no final do jogo foi ao balneário e ofereceu mais 10 contos, portanto são 30 contos. Os problemas que o senhor tem com o seu primo isso é um problema seu, não tenho nada a ver com isso e o senhor está aqui a desautorizar-me em frente dos jogadores, portanto, amigos, tudo para o treino”.

O presidente ficaria sem interlocutor e com tempo para reflectir durante o treino. No final deste, dirigir-se-ia ao treinador, para sem perder a face, sair por cima: "Ó Manuel José, pronto, são 30 contos, mas é a última vez. Aqui quem oferece os prémios, quem diz o que é sou eu, não é o meu primo”."

O, então, presidente do Vitória procurava ter sempre a última e, por isso, definitiva palavra mesmo que isso significasse perder dinheiro!

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