AQUELE JOGO DA TAÇA NA PÓVOA

Corria a temporada de 1974/75.

O Vitória vivia dias conturbados, na ressaca da funesta e maliciosa arbitragem de António Garrido naquele jogo, já aqui algumas vezes mencionado, frente ao Boavista.

Por essa razão, com o estádio interditado, a equipa orientada por Mário Wilson e onde pontificavam Jeremias, Tito, Romeu ou Almiro teve de receber o FC Porto em desafio a contar para a Taça de Portugal na Póvoa de Varzim, uma vez que os portistas também tinham o campo interditado.

O desafio à beira-mar foi um festival de futebol atacante. Um inesquecível espectáculo, assistido por milhares de vitorianos, como a fotografia demonstra. Uma manifestação inigualável de vitorianismo após o caos levado a cabo por uma arbitragem.

Na Póvoa, o Vitória entraria a perder por uma bola a zero, mas graças aos golos de Custódio Pinto e de Tito foi para o intervalo a vencer. Os portistas dariam a volta ao texto para Jeremias igualar a contenda, obrigando a novo jogo. O mesmo seria disputado, novamente te, em campo neutro... desta vez em Braga!

Aí os portistas entrariam em grande força, conseguindo chegar aos três golos sem resposta no intervalo de jogo. De nada valeu a extraordinária reacção vitoriana na segunda parte, que com os golos de Tito e de Jeremias.

No final da partida, mais acontecimentos indesejáveis. Na verdade, “registaram-se lamentáveis incidentes que motivaram feridos. Entre estes conta-se Luís Fonseca da Silva, de 20 anos, residente na Fonte Santa em Guimarães. Deveras lamentáveis as atitudes de atletas do Porto, na agressão àquele e outros espectadores. Os incidentes prolongaram-se por algumas horas, tendo de intervir a Força Armada. Os jogadores do Porto ficaram retidos no Estádio até às 23,45 horas.”

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