Estávamos em 1942…
Depois de, mais uma vez, brilhantemente, o Vitória ter vencido o campeonato distrital, discutiu com o representante da A.F. Aveiro, a União de Lamas, a subida ao principal escalão do futebol português. No Porto, no Campo da Constituição, os bravos vitorianos venceriam por seis bolas a quatro, carimbando a promoção, mas, acima de tudo, escrevendo história.
A aventura no campeonato principal começou em grande estilo com um triunfo por quatro bolas sem resposta no Benlhevai, frente à Olhanense. Porém, os comandados de Alberto Augusto haveriam de, nos doze jogos subsequentes, somar, apenas, um triunfo (por três bolas sem resposta frente ao Carcavelinhos) e um empate a quatro, em casa, perante o Barreirense.
Nesta série difícil, esteve inserida a derrota na primeira deslocação a casa do Benfica por quatro a dois. A alinhar com Ricoca; Lino, João; Castelo, José Maria, Arlindo; Zeferino, Alexandre, Ferraz, Miguel e Laureta, os vitorianos deram boa luta à equipa que se viria a sagrar campeã nacional, com os dois tentos apontados pelo goleador Miguel a causar dúvidas ao conjunto orientado por Janos Biri, que, anos depois, também viria a ser treinador do Vitória.
Destaque, ainda, para a presença entre os jogadores encarnados do vimaranense (apesar de nunca ter actuado nos seniores do Vitória) Francisco Ferreira, cuja festa de homenagem em 1949 foi o derradeiro jogo da equipa do Torino, antes do acidente de Superga que dizimou o conjunto Granata, e de Alfredo Valadas que viria a ser técnico do Vitória nas temporadas de 1947/48 e 1948/49.
No final da época, o conjunto vitoriano classificar-se-ia no décimo primeiro lugar entre doze participantes. A máxima coroa de glória chegaria pelo apuramento para a primeira final da Taça de Portugal, perdida para o Belenenses…muito por culpa do vento!