AQUELA ASSEMBLEIA GERAL QUE NÃO PÔDE DECORRER POR EXCESSO DE GENTE...

O associativismo vitoriano será sempre um dos maiores orgulhos do clube.

Na verdade, são inúmeras as reuniões magnas de associados do Vitória em que, pelo interesse dos assuntos discutidos, leva a que as salas onde as mesmas se desenrolam estejam completamente cheias.

Porém, uma Assembleia-Geral não poder ser encetada por excesso de gente, só terá ocorrido no final da temporada de 1977/78, num caso que foi a confirmação que os assuntos do Vitória desencadeiam nos associados.

Devendo a mesma decorrer no Salão Nobre do clube, tinha como objectivo ouvir os associados acerca de um programa de trabalhos que passava pelo regresso do ídolo da época de 1974/75, Jeremias, o recrutamento de Salvador ao Vizela e a permanência do treinador Mário Wilson. Além disso, discutir-se-ia o futuro do Vitória no que tangia à "criação de um património que tem sido aspiração com mais de dez anos, mas até agora por concretizar. O clube precisa de empreender a construção do seu Ginásio-sede e devia prever um Estádio que fosse seu."

Todavia, as condições para a discussão tornavam-na quase impossível. Assim, " o salão-nobre, os corredores do primeiro andar e as escadas até à entrada estavam apinhadas de sócios ansiosos", até que se chegou a uma conclusão que, para todos, já era evidente. Assim, "os associados que haviam corrido ao chamamento da Direcção estavam num desconforto evidente, não ouvindo intervenções e não podendo participar na discussão." Tal obrigaria à interrupção da reunião "por acordo unânime (...) será utilizado outro local, numa data que, quando escrevemos, ainda não é do nosso conhecimento."

O vitorianismo e os vitorianos jamais disseram que não aos interesses do clube.

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