A SALVAÇÃO FINANCEIRA DO VITÓRIA ATRAVÉS DA VENDA DE DOIS JOVENS

Falemos de Augusto Silva e de Pedras.

Formados nos escalões jovens vitorianos, apareceram na equipa principal graças ao seu talento... mas, também, por necessidade.

Na verdade, como em muitas alturas da história vitoriana, a aposta no médio interior direito e no avançado deu-se pelas dificuldades financeiras que o Vitória ia lidando, ainda que Pedras terá para sempre um rótulo acoplado ao seu nome: falamos do primeiro internacional da história do clube, ainda que tal tenha ocorrido no escalão júnior.

Porém, os "meninos" seriam importantes desportivamente...e financeiramente. Na primeira vertente, porque foram vitais na equipa que se salvou da despromoção em 1961/62, tendo Augusto Silva, inclusivamente, apontado o golo do triunfo na última jornada do campeonato frente ao FC Porto. Com os portistas a precisarem de vencer para serem campeões, o golo solitário de Augusto Silva selou a festa vitoriana na Amorosa.

Depois disso, ambos seriam vendidos ao Benfica pela soma conjunta de 1250 contos e com a cedência dos direitos dos jogadores Peres, Mendes e Manuel Pinto (que fariam história em Guimarães), bem como Testas, Teodoro e Zeca Santos. Num negócio, o Vitória resolvia a questão financeira e formava a base para uma década em que se afirmou, de modo inapelável, a nível nacional.

Depois de Edmur vendido para o Celta de Vigo e de Lua, posteriormente, vendido para o RWD Molenbeek, os Conquistadores confirmavam a sua veia para os negócios...ainda para mais um que lhes permitiu sanar as dificuldades financeiras e ficar com uma equipa reforçada para os anos seguintes!

Assim continuaria a ocorrer nas décadas posteriores...

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