A PEDRINHA MAROTA OU UM DIA INFELIZ DE UMA ESTRELA DO FUTEBOL MUNDIAL?

Estávamos na temporada de 1973/74...

O país alvoroçava-se com a contratação do peruano Teófilo Cubillas, que houvera brilhado no Campeonato Mundial de 1970, pelo FC Porto. Guimarães não foi excepção e, segundo o escrito, do Notícias de Guimarães, a partida "tornou-se numa festa, numa festa jamais vista em Guimarães."

Com o Vitória a alinhar com Rodrigues; Costeado, Manuel Pinto, José Carlos, Osvaldinho; Rodrigo, Abreu, Custódio Pinto; Ernesto, Tito e Romeu, o jogo seria fechado, disputado, com Cubillas a demonstrar a sua qualidade, mas sem ser capaz de, segundo quem viu, aproximar-se do nível de Pelé ou até de Yazalde, que por esses dias, dava cartas no campeonato português.

Porém, houve um momento marcante, em que o juiz Porém Luís, da AF Leiria, apontou uma grande penalidade a favor do FC Porto. Seria a estrela peruana a marcar... para mandar a bola para o então campo da Amorosa, ainda existente por cima do, então, Municipal.

A partida findaria a zero e, quase de imediato, surgiria o mito urbano. Um mito que passava pelo facto de o avançado portista ter desperdiçado tão soberana oportunidade pelo facto de Rodrigues, o guarda-redes vitoriano, maliciosamente ter colocado uma pedra debaixo da bola. Pedra essa, que o fez levantar o esférico e enviá-lo muito para longe.

Um mito que durou trinta anos, até que em entrevista, ao jornal do Vitória de 05 de Dezembro de 2000, o guardião desfez, ainda que reconhecendo alguma manha dos guarda-redes: " Na verdade, era hábito dos guarda-redes quando era assinalado um penalty contra a sua equipa, irem junto da bola e colocar-lhe uma pedra debaixo, para ele ganhar altura. Mas nesse, não fiz nada. O Cubillas ao chutar é que enviou a bola para a Amorosa."

Desfazia-se o mito, mas jamais a certeza que a estrela à escala mundial em Guimarães, perante o alentejano Rodrigues, houvera desperdiçado um castigo máximo... e  isso terá sido o que ficou!

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