O ano de 1961/62 não foi fácil para o Vitória.
Com efeito, depois do primeiro quarto posto da história do clube na temporada de 1960/61, a seguinte revelou-se tudo menos fácil.
Assim, desde as críticas ao treinador Artur Quaresma que virou o balneário contra si, também pelo conflito em que se envolveu com Ernesto por querer dispensá-lo, apesar de ser um dos nomes fortes do balneário, e que levou mesmo à demissão do presidente Casimiro Coelho Lima, até ao agónico desempenho desportivo com a equipa, com Rola a jogador-treinador, a salvar-se da despromoção no último jogo do ano frente ao FC Porto, graças a um golo de Augusto Silva, tudo pareceu suceder ao Vitória.
Mas, mesmo assim, houve momentos em que foi possível respirar e tirar "bonecos" que haveriam de ficar para a posteridade. Como este que apresentamos, em que Silva e Freitas, ambos com o equipamento alternativo, preto, fazem guarda de honra ao inesquecível Francisco Barbosa Gomes, que o futebol celebrizou por Caiçara, e que constará sempre comum dos melhores defesas da história do clube. Além de ser competente defensivamente, celebrizou-se pelo pontapé-canhão que ostentava e que foi sinónimo de 19 golos em seis temporadas de Rei ao peito, alguns deles capazes de causares dores de cabeça (e em outras partes do corpo) a guarda-redes desprevenidos. O leixonense Rosas que o diga, que entrou com a bola impelida contra o seu peito pela baliza dentro, atento a violência do "coice" do extraordinário jogador brasileiro!
