COMO A LEI DE MURPHY PERSISTE EM PERSEGUIR O VITÓRIA, SENDO QUE MUITO SE TEM CONTRIBUÍDO PARA QUE ELA CONTINUE A FAZER DOS CONQUISTADORES EXEMPLO!

I - A Lei de Murphy, como se sabe será implacável. Quando algo está destinado a correr mal, ainda correrá pior. E verdade seja dita, esta temporada dos Conquistadores parece destinada a isso. Não bastando as dúvidas e desacerto constante do treinador Luís Pinto, da baixa assertividade na contratação dos supostos reforços, o Vitória, em certos jogos, ainda tem de levar com desequilibradores profissionais de apito na boca.

II - Não se pretenderá com estas palavras branquear mais uma exibição infeliz do Vitória. Não se terá como intenção escamotear onde em 90 minutos não se existiu uma oportunidade de golo. Não queremos esquecer as dificuldades em mexer na equipa, sendo que, a cada substituição (mais uma vez) o Vitória fica pior. E, julgamos que neste momento, só António Miguel Cardoso saberá o que o faz continuar a segurar um treinador que, até pela postura apresentada, passa a ideia de resignação e incapacidade em extrair um pouco mais da matéria humana que tem à sua disposição.

III - Verdade seja dita, que na primeira parte do desafio com Camara a desempenhar o papel de falso ponta de lança, o Vitória não foi inferior ao Benfica. Em nada! Mas, isso não quer dizer que tenha estado superlativo, principalmente no capítulo ofensivo. Os Conquistadores foram concentrados e equilibrados defensivamente, beneficiando da previsibilidade adversária, mas na frente de ataque foram inconsequentes, estéreis e incapazes de criar uma situação de perigo. Uma equipa, absolutamente em tracção traseira, desconfiada de si própria, e receosa da sua própria sombra... a comprovar isso, o facto de defender os cantos com os seus onze jogadores acantonados na sua área, sem qualquer perspectiva de beneficiar de uma transição rápida.

IV - Pese embora este marasmo, o jogo poderia ter sido diferente se perto do intervalo, João Pinheiro e o VAR Rui Costa tivessem decidido como as leis mandam. Sudakov teve uma entrada assassina sobre Samu e foi poupado à expulsão. Se o árbitro pode não ter visto é inadmissível que o VAR não tenha visto a gravidade da entrada. A forma como acertou na canela do capitão vitoriano. Um proteccionismo abjecto de um homem que com 49 anos já deve anos à reforma. Infelizmente, vão-se os bons (se é o que os há na arbitragem portuguesa) e ficam estes...dispostos a tudo!

V - Não sabemos como seria a segunda metade se o Benfica tivesse entrado com 10 unidades. Sabemos que em igualdade numérica entrou a todo gás. E, antes de inaugurar o marcador, podia tê-lo feito por mais vezes. Luís Pinto, esse estático, nada fez para tentar segurar as pontas. Terá previsto o golo como as mais de 26000 pessoas presentes no D. Afonso Henriques e manteve-se impávido e sereno. Um treinador tem de saber prever o que está prestes a suceder e, por muito que nos custe, o actual técnico vitoriano ainda não atingiu esse patamar. Uma aposta completamente falhada por parte da administração vitoriana que, não obstante o aterrador downgrade que a equipa sofreu, só o manterá no cargo por orgulho... e para não o fazer entrar no extenso rol de treinadores despedidos em 3 anos e meio de mandato!

VI - Quase a seguir a esse momento, veio a prova irrefutável da má-fé da equipa de arbitragem. Blanco tem uma entrada descuidada com o pé alto. Mas, a justiça não pode ter dois pesos e duas medidas. Como João Pinheiro deverá saber, até pela sua formação profissional, tem de ser cega. Mas não foi. Ao expulsar o extremo espanhol, percebeu-se como funciona a arbitragem no futebol português: subserviente com os mais fortes e rígida com os mais fracos. Mas, certamente, não será a castigar quem manda no futebol que se chegará a internacional... ainda que alcunhas como o "Mostovoi de Viatodos" sejam quase impossíveis de descolar.

VII - A partir daí, foi o desnorte completo. Mais uma vez as substituições de Luís Pinto, em dose tripla desta vez, nada resultaram. Mas, se com 11 já era difícil, com 10 tornou-se impossível, até pelo Benfica ter apontado o segundo golo quase de imediato. A partida acabava, tornando-se um suplício vez os dez atletas vitorianos completamente perdidos em campo, sem uma orientação precisa e concreta, sendo o terceiro golo encarnado quase um apêndice do jogo.

VIII - Perdia o Vitória e ficava a certeza que regrediu dez anos em relação ao ano passado. A equipa não tem experiência, não tem "ratice", perdeu doses industriais de qualidade individual e faltam-lhe líderes. Dentro do relvado e no banco de suplentes, com um treinador impreparado para se sentar no banco vitoriano. E, o quinto lugar mais longe... e, com isso, com a necessidade de, pelo menos, António Miguel Cardoso, pelo menos, apresentar uma moção de confiança à sua governação aos associados.

IX - Segue-se o jogo em Tondela no próximo Sábado. Confessamos não querer fazer qualquer previsão ao jogo. Não sabemos que tentativas Luís Pinto irá fazer para salvar a face, pelo que qualquer análise poderás cair no erro. Urge, apenas dizer, que nesta terrível Lei de Murphy que tem sido a época do Vitória, importará não fazer do emblema beirão e outros de igual estirpe adversários directos. E, isso passará por conseguir um bom resultado perante o emblema treinado por Ivo Vieira...

X - VIVA O VITÓRIA, SEMPRE...

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