Foi a última contratação dos sete anos de liderança de Júlio Mendes no Vitória.
Ao Vitória, proveniente dos espanhóis do Córdoba, chegava um internacional do Burkina-Faso, de nome Ibrahim "Blati" Touré, para ocupar a posição de médio defensivo.
Imediatamente, mostrou o entusiasmo de se comprometer com os Conquistadores, ao dizer que "Sei que é um clube grande, que já jogou muitas vezes competições europeias e espero que volte à Liga Europa. Qualificarmo-nos para a fase de grupos da Liga Europa é um objetivo importante.", tendo o seleccionador da equipa do seu país, o português Paulo Duarte, tido papel decisivo para assumir esse compromisso. A atiçar a curiosidade dos vitorianos, o facto de os seus direitos terem custado 350 mil euros e no seu contrato ter sido aposta uma cláusula de rescisão no valor de 10 milhões de euros.
Porém, a esperança que o jogador se tornasse numa mais-valia rapidamente se desvaneceria. Apesar de ter sido chamado pelo treinador Ivo Vieira para a partida da 2ª mão da 2ª pré-eliminatória da Liga Europa, frente aos luxemburgueses da Jeuness d'Esch, e para a eliminatória da Taça da Liga perante o Feirense não saiu do banco de suplentes, percebendo-se, imediatamente, que o técnico preferia outros jogadores como Musrati e Joseph numa primeira fase e depois Agu, Pêpê e André André.
Pior do que isso, depois desse par de chamadas, não mais seria escolhido para o lote dos convocados pelo treinador madeirense, sendo que o jornal O Jogo de 07 de Outubro de 2019, justificava tal ocaso por "mera opção técnica de Ivo Vieira". Ainda assim vaticinava que "se o jogador não entrou até agora nas contas do treinador, isto num quadro de lesões, não custa antever que num futuro próximo dificilmente terá espaço competitivo."
O prognóstico revelar-se-ia acertado, com o médio a não merecer ser aposta um minuto que fosse nesse exercício. Por isso, na temporada seguinte, ser-lhe-ia proposta a rescisão de um vínculo contratual que deveria durar até 2022. Aceitaria para prosseguir a sua carreira nos suecos do Eskilstuna, que actuavam na segunda divisão do país nórdico.
No ano seguinte, regressaria a África para abraçar o projecto emergente dos egípcios do Pyramids FC, onde, inclusivamente, já venceu a Liga dos Campeões africanos. Porém, para os vitorianos será sempre o homem que foi a última contratação de Júlio Mendes à frente do Vitória e que nunca se estreou!
