COMO UM JOGO SERVE PARA REFLECTIR E LEMBRAR QUE HÁ QUE ARREPIAR CAMINHO, ENQUANTO É TEMPO

I - Ponto prévio: houve um lance que abriu o caminho do jogo. Na verdade, a falta não assinalada sobre Camara e que no desenrolar da jogada levou ao golo portista, foi o ponto inicial de uma partida infeliz e completamente falhada pelo Vitória.

II - Temos de ser honestos. Atribuir a esse erro de arbitragem uma péssima noite vitoriana seria desonesto. Desonesto porque olhamos para o Vitória, que é ele que nos inquieta. São os seus momentos de êxito que nos fazem sorrir. Mas, são os seus malogros que nos tiram o sono.

III - E, verdade seja dita, hoje não haverá qualquer razão para ter uma noite tranquila.

Luís Pinto enredou-se numa teia de equívocos, parecendo olvidar que o segredo para o êxito é a simplicidade. Esquemas tácticos torcidos e retorcidos são um risco enorme e os grandes treinadores singraram por pouco ou nada inventarem… Ainda para mais num jogo de dificuldade que, já se antevia, de melindre máximo.

IV - Teve o Vitória à primeira oportunidade de golo do desafio, desperdiçada por Tiago Silva. Teve o referido lance de Camara. Outras aproximações interessantes.

Mas, pior do que isso, foram as dificuldades na transição defensiva, as terríveis agruras em construir jogo, a falta de agressividade em todos os quadrantes do relvado… uma equipa sem chama, que permitiu que o Porto levasse o jogo para onde pretendeu.

V - Urge, pois, acima de tudo, reflectir. Perceber os erros que se cometeram na pré-temporada e em processo de introspecção perceber onde nesta se falhou. Tentar entender se os reforços são-no efectivamente. Perceber se a filosofia de Luís Pinto encaixa nos jogadores que tem nas suas mãos e até se têm capacidade para interpretar as (ousadas) ideias do seu jovem técnico.

VI - Honra seja feita aqueles que não desistem. Durante 90 minutos não se calaram um segundo. Demonstraram o seu amor incondicional a um símbolo, mesmo com a dor a toldar-lhes os corações.

Pena foi a SportTV não ter tido tempo para os mostrar um segundo que fosse… mas a propaganda dos três do sistema não permitirá demonstrar que há adeptos para além da tríade habitual.

VII- Depois deste arranque em falso, segue-se o Estoril. Importará exorcizar os fantasmas desta triste noite, lembrando que o Vitória, nos dois últimos anos no Dragão, os Conquistadores foram-no na verdadeira acepção da palavra, não perdendo e até vencendo. Era esse Vitória, com essa atitude, coragem e vontade de vencer que queríamos ter visto!

VIII- VIVA O VITÓRIA, SEMPRE!

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