FALEMOS DE UMA DUPLA DE DUROS, À VITÓRIA...DAQUELAS CAPAZES DE ATEMORIZAR QUALQUER AVANÇADO...

Falemos da temporada de 1992/93, aquela em que Marinho Peres regressou ao Vitória.

Uma época que não correria como o desejado, mas em que os Conquistadores reforçaram os seus sectores para um ano que significava o regresso às competições europeias.

Assim, de Famalicão, para além de Dane, um extraordinário médio ofensivo, chegou um defesa central brasileiro de nome Evandro Froes, que ficaria para sempre como Tanta.

Haveria de no Vitória encontrar o parceiro ideal para o eixo da zaga: Manuel Amadeu de Matos Matia, contrato no ano anterior ao União da Madeira, e senhor de um farto e farfalhudo bigode.

Poder-se-ia dizer que juntou-se a fome à vontade de comer... se esteticamente não ganhavam nenhum prémio de beleza, seja pelo look pouco arrojado, seja pelo modo assertivo e pragmático de encararem cada lance, a verdade é que ficaram na memória dos vitorianos.

Graças ao seu estilo eficiente, ou como era costume dizer-se "até ao pescoço é canela", terão sido uma das duplas capazes de transmitir segurança às bancadas...e com aquele espírito de antes quebrar do que torcer levavam em si a alma do Rei. O espírito de que, mais do que o talento, importa o sentimento, o morder os lábios, o ter de bater se necessário (ainda que com lealdade e respeito pelo adversário) e deixar tudo em campo.

Durante os três anos que jogaram juntos Tanta e Matias foram isso e atendendo a esse facto mereceram entrar numa galeria de memórias em que, também, figuram duplas como Manuel Pinto e Joaquim Jorge, Nené e Miguel, Sereno e Geromel e mais algumas... será a prova que nem sempre a estética é mais importante do que a eficácia, ou que a beleza não está no aspecto das coisas, mas no modo como as realizamos! Resolutivos, eficazes, sem medos... no fundo, à Vitória!

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