A aposta em Goethals não tivera sucesso...
Por isso, o belga partira, não sem antes partir a louça e virar-se a Pimenta Machado numa entrevista ao jornal Gazeta dos Desportos.
Porém, o Vitória não podia parar. Urgia recolocar a equipa nos trilhos do sucesso e levá-la, novamente, a discutir os lugares europeus. Uma tarefa difícil que seria confiada a António Morais, que já trabalhara em Guimarães como adjunto de José Maria Pedroto, e que escolheu para seus colaboradores dois nomes de respeito.
Assim, para coadjuvá-lo na sua missão escolheria o histórico goleador da década de 70, Tito, e para preparador físico o Professor Pina de Morais, que determinaram, de modo imediato, como seria o estágio. Assim, ao contrário do que hoje ocorre, aproveitar-se-iam os meios quase à porta de casa. Deste modo, foi determinado, como escreveu o jornal Povo de Guimarães de 17 de Julho de 1985, "que haveria treinos em todos os dias da semana, com descanso aos domingos."
Estes deveriam decorrer "na parte da manhã na montanha da Penha e, pela tarde, no Estádio Municipal", tal como sucedera quando Morais esteve a trabalhar no Vitória com José Maria Pedroto a liderar e com o sucesso que todos os vitorianos ainda recordam.
Com os treinos à porta aberta, o "primeiro treino de conjunto formal, a pelada efectuada, ao findar da tarde do último sábado, no terreno relvado do Estádio" gerou muitas expectativas. "Ali, duas equipas se formaram com 11 elementos de cada lado", servindo o apronto para os vitorianos entenderem o que seria o futuro da sua equipa.
Quanto ao jogo de apresentação, o mesmo deveria decorrer a 03 de Agosto de 1985, perante o eterno rival, incluído nas Festas Gualterianas.
O Vitória aprestava-se para arrancar para uma temporada memorável...